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A coluna de Paola Carvalho faz um balanço das finanças de 2025 e vislumbra um futuro próximo

Por Paola Carvalho
12 dez 2025, 09h00 •
A coluna de Paola Carvalho faz um balanço das finanças de 2025 e vislumbra um futuro próximo
A coluna de Paola Carvalho faz um balanço das finanças de 2025 e vislumbra um futuro próximo (Pexels/Reprodução)
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  • Pensamentos intrusivos sempre me abordam. Já dei bola para vários, gostei de poucos, deixei que outros revolucionassem minha vida. Hoje, tem muita gente falando deles por aí, dos tais pensamentos intrusivos. Essa expressão da psicologia ganhou fama, virou meme. No fundo, ou melhor, no raso, são apenas aquelas ideias que se infiltram quando o corpo quer descanso, mas a cabeça está fazendo hora extra.

    Esta é a última coluna de 2025, hora de escrever sobre o balanço de um ano e as perspectivas para o próximo. Que calor faz hoje! Mudanças climáticas, COP30, transição energética, mineração, ESG. E a Mariah Carey no palco vitória-régia? Bonito mesmo foi o olhar do bebê da etnia Munduruku que nem o embaixador André Corrêa Lago, nem eu, vamos esquecer. O mundo é mesmo uma mistura improvável de espetáculo e emergência.

    Chacoalho a cabeça, domino os dedos no teclado, volto para nosso tema principal, a retrospectiva financeira do ano. Os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) estão sendo apontados como o investimento-revelação de 2025, e os especialistas já avisam: “Cautela”. Sempre tem um “mas”. Sempre.

    Ah, os indicadores econômicos. Bonner não vai mais ler isso no Jornal Nacional. Já sinto saudade de seu empostado “boa noite”. A despedida do Bonner e a chegada do Tralli foram emocionantes. Como a Renata é elegante. Ela está deixando cabelos brancos, usa sapato oxford, cada óculos mais bonito do que o outro. Não pensei na roupa deles, que machismo o meu. Mas qual a dificuldade em pensar apenas na cor da gravata? Todos, igualmente, baita profissionais. 

    O ano foi marcado por taxas de juros elevadas. A Selic, a nossa taxa básica de juros, bateu 15% ao ano como forma de conter a inflação. Essa rentabilidade pode parecer ótima, mas é preciso descontar o aumento generalizado dos preços, o IR e avaliar o real ganho de poder de compra. Não caia na armadilha de deixar todo o patrimônio em produtos conservadores só porque estão “pagando bem”.

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    A palavra conservadora já tem outra conotação, né?! Ter um perfil de investidora conservadora é bem diferente de ser uma pessoa politicamente conservadora. O Google insiste em sublinhar como erro a palavra investidora, sinalizando que o correto é investidor. Cansei de clicar para descobrir o “erro” e ver que o problema é o algoritmo que não consegue entender que existem palavras que se adequam ao gênero feminino. Sai, intrusivos. Volta, Paola. 

    Neste ano, o CDI alto recompensou, mas e os ativos que poderiam estar crescendo mais? Você ainda quer comprar um imóvel, aposentar cedo, abrir um negócio? O dolár está quase R$ 6: neste Réveillon, os destinos mais buscados devem ser as praias brasileiras. Será que vai chover? A praia estará cheia? Preciso de um biquíni novo, acho que engordei. Fim de ano é confuso, em fevereiro volto para a academia sem falta. O que a astrologia diz sobre meu signo? Rola um estereótipo para Áries? Meu filho é de Virgem.

    Nesta coluna de dezembro, penso que talvez o balanço do ano seja justamente este: o de quantas vezes os pensamentos intrusivos venceram. E de quantas vezes eu consegui deixá-los passar sem dar palco. Então, o que fazer com eles em 2026? Dá pra transformá-los em planos, pausas, ou em nada. Talvez, o melhor investimento para o próximo ano seja aprender a escolher quais ideias deixar render. 

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