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CBF anuncia repasse aos times de futebol feminino em meio à pandemia

As equipes femininas que já sofrem com a falta de recursos vão receber, cada uma, R$ 120 mil

Por Colaborou: Maria Clara Serpa
Atualizado em 16 set 2020, 11h54 - Publicado em 9 abr 2020, 16h16

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) vai liberar R$ 36 milhões em recursos para clubes femininos e masculinos, árbitros e confederações estaduais para enfrentar a crise causada pela pandemia do novo coronavírus. Devido às medidas de isolamento, os jogos e campeonatos foram adiados ou suspensos e, alguns árbitros, que ganham por partida, podem ficar sem salário e, com a falta da entrada de renda nos times, salários de atletas também podem ser prejudicados.

O repasse começou a ser distribuído na última terça-feira (7) e deve chegar a até 140 equipes. Os benefícios serão cedidos aos times masculinos das Séries C e D do Campeonato Brasileiro e aos times femininos das séries A1 e A2 da divisão nacional. O objetivo é colaborar para que esses clubes possam cumprir seus compromissos com jogadores e jogadoras durante o período de paralisação do futebol.

“Vivemos um momento inédito, de crise mundial, cuja extensão e consequências ainda não podem ser calculadas. É necessário, portanto, agir com critério e responsabilidade. O nosso objetivo, com essas novas medidas, é fornecer um auxílio direto imediato. Mas, além disso, temos que seguir trabalhando para assegurar a retomada do futebol brasileiro no menor prazo possível, quando as atividades puderem ser normalizadas”, afirmou o presidente da CBF, Rogério Caboclo.

No caso do futebol feminino, que já sofre com a falta de recursos, cada um dos 16 times da série A1, incluindo grandes nomes do Corinthians, São Paulo e Santos, receberá R$ 120 mil, e cada uma das equipes da série A2, incluindo Esmac (Pará) e Tiradentes (Piauí), receberá R$ 50 mil.

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Anteriormente, a CBF também havia tomado outras medidas para ajudar no período de instabilidade, incluindo a isenção das taxas de registro dos clubes, o adiantamento de uma parcela dos direitos da TV do Campeonato Brasileiro da série B e adiantamento de R$ 900 mil voltado aos 486 árbitros do quadro nacional.

A maioria dos times femininos aderiu às campanhas de conscientização durante a pandemia do novo coronavírus. A Ferroviária, equipe de Araraquara, que é a primeira colocada na Série A1 do Brasileirão Feminino, compartilha em suas redes sociais dicas de higiene e prevenção à doença, além de vídeos de suas atletas treinando em casa, já que assim como o campeonato, que foi suspenso no dia 15 de março por tempo indeterminado, os treinos em grupo também foram cancelados.

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Já a ESMAC (de Ananindeua, no Pará), atual primeira colocada da série A2 do Brasileirão, tem muitas expectativas com o auxílio da CBF. Como é um time vinculado a Escola Superior Madre Celeste, as atletas não recebem salário, mas ganham bolsas de estudo integrais para fazer faculdade. “O dinheiro que entra no clube é um subsídio que a CBF disponibiliza para pagarmos árbitro, equipe médica, ambulância e, muitas vezes, com o que sobra, fazemos um rateio entre as atletas. Esperamos com grande expectativa esse repasse agora no período de quarentena e, segundo nosso planejamento, a prioridade é pagar uma ajuda de custo para as atletas que são, em maioria, de origem bem humilde. Estimamos que fique entre 1.000 e 1.500 reais para cada”, conta Prof. Mercy Nunes, diretor de esporte da Esmac.

As atuais campeãs do Pará vinham treinando desde o ano passado para o campeonato brasileiro e esperam com ansiedade a volta dos jogos. Até o início das medidas de distanciamento social, elas haviam jogado a primeira partida do campeonato, vencendo o Santos Dumont, de Sergipe, por 5 a 0. Para conseguir manter o preparo físico, a equipe técnica montou uma planilha com treinos aeróbicos e de força para que as atletas possam fazer em casa. “Todas as nossas atletas são paraenses e, a maioria, do interior do estado. Nós recomendamos que voltassem para suas cidades para ficar perto das famílias e estamos acompanhando o treinamento através de vídeos. É mais difícil, elas terão que ser disciplinadas para que, quando o campeonato volte, consigamos chegar no nosso objetivo, que é estar entre as 4 finalistas e conseguir subir para a série A1”, finaliza Mercy.

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