Nova Zelândia aprova licença remunerada após aborto espontâneo
A lei não vale apenas para a mãe, mas sim ao casal enlutado, que terá o direito a três dias de licença remunerada
A Nova Zelândia aprovou nesta quarta-feira (24) uma lei que garante às mães e seus parceiros três dias de licença remunerada por luto após um aborto espontâneo, depois que todos os parlamentares se mostraram a favor do novo código.
A norma contempla qualquer pessoa que sofra a perda de uma gravidez. Antes da mesma ser aprovada, as empresas só concediam férias remuneradas aos funcionários em casos de natimortos. Os casais que estavam em luto precisavam usar licença médica para lidar com o fim de uma gravidez.
A licença também se estende a casais que sofrem abortos espontâneos por meio de barriga de aluguel ou adoção. A úncia condição que não se aplica é para o aborto por escolha, que é permitidos no país.
Ginny Andersen, deputada que apresentou o projeto à Câmara, tuitou sobre a aprovação. “Este é um projeto de lei sobre direitos e justiça dos trabalhadores. Espero que isso dê às pessoas tempo para lamentar e promova uma maior abertura sobre o aborto espontâneo. Não devemos ter medo de nossos corpos.”
Final reading of my Bereavement Leave for Miscarriage Bill. This is a Bill about workers’ rights and fairness. I hope it gives people time to grieve and promotes greater openness about miscarriage. We should not be fearful of our bodies. pic.twitter.com/dwUWINVjLm
— Ginny Andersen (@ginnyandersen) March 24, 2021
Os parlamentares esperam que a licença não forneça apenas apoio financeiro aos pais que estão passando pelo luto e lidando com assuntos referentes ao mesmo, mas que também seja uma forma de tratar mais abertamente sobre o assunto tão doloroso e delicado, que é recomendado suporte psicológico inclusive.
Atualmente, a Nova Zelândia é liderada por Jacinda Ardern e é destaque mundial por seus avanços no que diz respeito aos direitos para as mulheres.