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Sophie Wessex, tia de Harry, deseja que o casal seja mais feliz agora

A condessa de Wessex é apontada pela imprensa britânica como o membro mais confiável da Família Real, mas nem sempre foi assim

Por Da Redação
Atualizado em 9 jun 2020, 17h34 - Publicado em 8 jun 2020, 15h30
 (Max Mumby/Indigo/Getty Images)
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“Eu só espero que agora sejam felizes”, diz a condessa de Wessex, Sophie Rhys-Jones sobre o sobrinho, príncipe Harry e Meghan Markle.

A declaração faz parte de um longo perfil da condessa no jornal The Times, publicado no domingo (7).  A matéria é sobre a visita de Sophie Wessex ao Sudão do Sul, no início de março, pouco antes do lockdown no Reino Unido. Em uma matéria com elogios sobre a discrição e iniciativas da condessa, que um dia chegou a ser chamada de Diana wanna-be (cópia da princesa Diana) ou até ‘aeromoça búlgara’, os jornalistas não perdem a oportunidade de mais uma vez criticar o afastamento de Meghan e Harry da Família Real, assim como a atitude deles de reclamar dos artigos desfavoráveis a eles.

O jornal inglês lembra que, por muitos anos, Sophie e o príncipe Edward eram meio que as ovelhas-negras da ‘Firma’. Nos primeiros anos de casamento, ela ainda tentou equilibrar sua carreira de Relações Públicas com os deveres da Família Real, mas não deu certo. Assim como Harry foi enganado recentemente, Sophie também foi vítima de pegadinhas e foi ridicularizada por um falso sheik que disse querer contratá-la, em 2001. Sem saber que era um golpe, Sophie foi gravada fazendo críticas ao então primeiro ministro, Tony Blair, a quem chama de ‘presidente Blair’ e também fala mal de sua mulher, a chamando de ‘horrorosa’. Na mesma gravação, a condessa se refere à Rainha como ‘velha querida’. Depois das bolas fora, Sophie e Edward sumiram da vida pública por alguns anos até reaparecerem como membros senior da Família Real. Sophie se viu obrigada a abandonar sua carreira. “Demorou um pouco para me reencontrar, minha frustração foi a de ter que reduzir as expectativas do que realmente conseguiria fazer. Eu não poderia ir à um evento de caridade e dizer o que deve ser feito, como fazia quando tinha meu trabalho. Tive dar um passo para trás e entender que querem que eu seja a decoração do bolo, que seja a pessoa que vem agradecer aos voluntários, mas não necessariamente dizer a eles como deve ser o plano de comunicação”, ela diz na entrevista de domingo.

Expectativas à parte, com o afastamento de Meghan e Harry, assim como a aposentadoria forçada do príncipe Andrew, Sophie ganhou momento e hoje é vista pelo Palácio de Buckingham como ‘a mais confiável entre os membros da Família Real’.  Em 2019 ela participo de 236 eventos públicos e acompanha constantemente a Rainha nos eventos dela. Na quarentena, se dedicou pessoalmente a ajudar a empacotar cestas básicas. Aos 55 anos, ela é hoje uma das mais adoradas da família pelos súditos.

Conde  e condessa de Wessex
(Chris Jackson/Getty Images)

Mesmo com popularidade, não deve ser fácil para a condessa ainda hoje. A matéria do The Times até quer ser positiva, mas cutuca feridas com elogios questionáveis. O artigo sugere que Sophie ‘deveria ser uma inspiração para Meghan” porque, segundo eles, ela é uma das raras pessoas que Meghan poderia se identificar por vir de uma “família classe-média, filha de uma secretária e um diretor de vendas de uma companhia de pneus”. Em outras palavras, Sophie, assim como Kate Middleton ou Meghan Markle, não vem de linhagem de família de nobres.

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Sophie trabalhava em uma estação de rádio quando conheceu o príncipe Edward. Depois que estavam juntos, a imprensa caiu em cima dela, citando gafes ou criticando suas roupas. O príncipe escreveu para os editores de vários jornais pedindo respeito e privacidade, especialmente depois que publicaram fotos de Sophie sem a parte de cima do biquini, ao lado de um DJ  em um evento 11 anos antes de estar com o príncipe. Relembrar tudo isso para demonstrar que Meghan não teria sido perseguida, não é exatamente carinhoso.

Ao ser questionada sobre a reação da duquesa de Sussex, que declarou que se sentiu abandonada e sem apoio da Família Real, Sophie tentou aliviar um pouco o clima, mas acabou reforçando indiretamente a recomendação de precaução pedida por William ao irmão (justamente o fato que deflagrou a briga entre os dois). William teria tentado avisar a Harry e Meghan que deveriam esperar mais para se casar.  “Eu tive 5 anos para me ajustar”, disse Sophie ao The Times, falando do tempo de namoro antes do casamento. “E tive seis meses de noivado onde estava já vivendo no Palácio de Buckingham. Nada que te prepare para o que pode acontecer”, ela reconhece.

Sophie Wessex e Meghan Markle
(Mark Cuthbert/UK Press/Getty Images)

Assim como parece ser próxima de Kate Middleton, Sophie é apontada como uma das raras confidentes de Meghan enquanto ela estava na Inglaterra. Sophie e Edward moravam perto de Meghan e Harry e os viam com frequência em Frogmore Cottage. “Nós todos tentamos ajudar a um novo membro da família. Eu só espero que agora sejam felizes”, diz ela sobre o sobrinho e Meghan.

No artigo, o jornal elogia a iniciativa de Sophie de ir pessoalmente ao Sudão do Sul, um dos epicentros do que chamam da Guerra do Estupro, com mais de 1.400 vítimas de violência sexual em 2 anos (sendo que 300 delas são crianças).  A condessa se envolveu com a causa de sobreviventes à violência sexual depois de conhecer vítimas de estupro de guerra em Kosovo e também conhecido mulheres agredidas em Serra Leoa.  “Ouvi histórias onde pensava que não acreditava no que estava escutando. Se puder colaborar para mudar as consciências daqueles que podem fazer mais para prevenir isso de acontecer, se puder ajudar a dar justiça para as sobreviventes, farei tudo que puder”, ela disse.

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Quando perguntada se – com a viagem ao Sudão do Sul – poderá ter um impacto como a visita de Diana à Angola, em 1997, Sophie mostra firmeza. “Não tenho a capacidade de despertar interesse naquela extensão [de Diana]. Não conseguirei mudar as coisas como ela conseguiu, mas eu espero que consiga evitar que o assunto perca relevância. Não vou deixar, é muito importante”, ela diz.

Em casa, com o príncipe, Sophie se orgulha de manter a igualdade na divisão de tarefas. “Se um de nós se ausenta o outro cobre em casa”, ela diz. Os dois tentam manter a normalidade para os filhos. “Sabemos que nem todo mundo tem avós que vivam em castelos, mas isso é uma parte importante de quem eles são [seus filhos]. Quando estão com a Rainha, ela é apenas a avó deles”,  revela. “Nós os educamos com a noção de que terão que trabalhar para se sustentar, por isso eles não têm títulos de realeza. Aos 18 anos, poderão escolher se quiserem usá-los [os títulos], mas não me parece que será o caso”, diz Sophie.

A condessa se recusa a comentar o envolvimento do cunhado Andrew com o pedófilo Jeffrey Epstein, assim como dribla qualquer queixa de ter ‘herdado’ mais trabalho como consequência do afastamento do sobrinho.

“Nós todos temos nossos portifólios e não vejo que mudem isso. Se pedirem para fazer mais… não posso dizer porque isso não aconteceu”, encerra.

 

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