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Iza: “Você precisa enxergar que o seu lugar é onde você quiser estar”

Em uma entrevista nos bastidores do Lollapalooza, a cantora abriu o coração e falou sobre a pressão de ser um exemplo de representatividade.

Por Alice Arnoldi
Atualizado em 15 jan 2020, 20h41 - Publicado em 8 abr 2019, 10h42
 (Instagram/Reprodução)
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No último domingo (7), uma das atrações do Lollapalooza 2019 foi a cantora Iza. Além de arrasar com um look incrível e levantar a plateia com hits, a artista deu uma entrevista importante ao “GShow” sobre representatividade.

A repórter da vez foi a atriz Sophia Abrahão, que começou o bate-papo questionando a cantora sobre como é lidar com o fato de que diversas pessoas negras se inspiram nela.

“É muito bom, não me entendam mal, mas tranquilo não é. Não é sempre que uma menina negra se vê na TV, então, eu não posso errar por elas. É muito mais do que por mim, pela minha carreira, são pessoas que estão se espelhando em mim. São pessoas que enxergam que é possível estar em qualquer lugar, porque está me vendo na TV, apresentando programa ou o que quer que seja. A minha cobrança comigo mesma é muito grande”, relevou a artista.

Recentemente, Iza ganhou destaque no Instagram por um vídeo em que acabou chorando ao ser entrevistada por uma garotinha chamada Mirela, de apenas 12 anos. Ela perguntou à cantora como ela se sentia por influenciar tantas garotas negras como ela e a irmã. Sophia relembrou o momento com a artista e ela explicou o porquê de ter ficado tão tocada.

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IZA, que fará a sua estreia no @lollapaloozabr no Palco Adidas, chora ao ser entrevistada por uma menina negra e sua irmã. Representatividade importa SIM! 🤧❤️ (via: @izalegion) #IZA #LollaBR

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“Eu fiquei muito emocionada porque sempre me perguntam como eu me sinto representando meninas novas, mas nunca uma criança me perguntou isso. […] Eu vi no olho dela que ninguém podia segurá-la. Que ela já estava resolvida e que ela ia ser quem ela quisesse”, explicou a cantora.

Na última fala da entrevista, Iza manifestou-se sobre a importância da representatividade para pessoas negras. “Eu estar na TV não significa que o racismo acabou. Eu acho que a gente precisa cada vez mais estar nos lugares. É importante sim você chegar no hospital e ser atendido por um médico negro. Você chegar no tribunal e ser atendido por um advogado negro. Você precisa enxergar que o seu lugar é onde você quiser estar”.

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