Primeiro quero dizer que entendo a Iza. Tornar pública uma história pessoal de difícil digestão é como buscar força externa para dar conta da suposta decisão certa a ser tomada. Afinal, de forma pragmática, toda mulher grávida que descobre uma traição no meio da gestação deveria simplesmente tomar seu rumo na vida e terminar prontamente o relacionamento sem chance de volta. Mas a vida é bem mais subjetiva.
Assim que terminei de assistir ao seu doloroso relato, eu pensei no como atitudes como essa podem nos tornar “reféns” caso mudemos de ideia pelo caminho. Seria o momento que ou deixamos de fazer o que realmente queremos por medo dos julgamentos ou o momento que temos de encarar julgamentos e críticas pesadas, além de tudo que já aconteceu. Iza tem todo o direito de se reconciliar com Yuri, mas será que o público vai “deixar”?
O caso da Shakira foi semelhante. Ela não só veio a público demonstrar sua dor e revolta como eternizou a traição em um hit. No caso dela, não houve reconciliação, mas fico pensando o quanto teria sido difícil depois de todo esse movimento retomar a relação com o Piqué, caso fosse do desejo dos dois. Muita coisa para lidar.
Momentos como esse no convidam ao silêncio, mas caso não sejamos capazes de silenciar, o convite é para dar valor a esse necessário momento de pausa entre as coisas, justamente porque é fácil nos identificarmos com a emoção daquele momento. De tão forte que ela se apresenta, pensamos que ela realmente tem perenidade o suficiente para segurar as escolhas realizadas sob seu efeito, mas não tem.
Sentimentos e emoções impulsivas são tão efêmeros quanto quaisquer outros. Tentar sustentá-los na esperança de seguir com as decisões tomadas é pedir para sofrer mais do que até mesmo a própria situação em si possa ter gerado de sofrimento.
Pessoas públicas devem ter cuidado redobrado. É como se a possível reconciliação soasse como uma traição com aqueles que a apoiaram. Ela terá o apoio de muitas pessoas, mas, com certeza, muitas outras ficaram decepcionadas e ela deixará a cadeira de vítima e irá direto para a cadeira dos réus do julgamento público.
E tudo isso em meio a um momento delicado e que pede por tranquilidade. Assumir a parte da nossa responsabilidade sobre as coisas que nos acontece é sempre um desafio.
Respira!
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