Crioterapia: entenda processo de Ana Furtado para evitar queda de cabelo

Procedimento resfria couro cabeludo durante sessões de quimioterapia

Por Da Redação
Atualizado em 16 ago 2018, 18h56 - Publicado em 13 jun 2018, 19h06

Após retirar um tumor da mama em estágio inicial, Ana Furtado começou a passar pelas sessões de quimioterapia. Para evitar a queda de cabelo, que é um dos efeitos colaterais do tratamento, ela adotou a crioterapia.

O método resfria o couro cabeludo durante as sessões de quimioterapia, levando à contração dos vasos sanguíneos e protegendo os folículos capilares. A técnica promove a menor absorção da medicação na região capilar, reduzindo a perda dos fios ao longo do tratamento.

Essa técnica chegou ao Brasil em 2016, no entanto, é mais usada por atletas em recuperação muscular. O médico Daniel Gimenes, oncologista do Centro Paulista de Oncologia, destaca em entrevista ao G1, que a crioterapia não é uma forma de tratamento do câncer. “A técnica deve ser feita em clínicas ou hospitais especializados onde também são realizados os tratamentos de quimioterapia. E somente durante a quimioterapia”, explica.

O principal benefício da crioterapia é a preservação da auto-estima das pacientes, já que durante o tratamento do câncer de mama é comum o uso de medicamentos que danificam os folículos capilares. “Pesquisas dão conta de que esta técnica preserva entre 70% a 100% dos fios”, relata o oncologista.

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O procedimento pode ser feito em pacientes com câncer de mama, intestino e outros. Mas é contra-indicado em casos de câncer nas células do sangue, como linfoma e leucemia.

A apresentadora fez um post em seu Instagram falando sobre a técnica e agradecendo o apoio e carinho dos fãs. “Volto a dividir detalhes com vocês porque, ao mesmo tempo em que me fortaleço com as palavras de carinho que recebo, acredito que posso também encorajar pessoas que estejam passando por situações tão difíceis quanto o diagnóstico de um câncer. Na foto, estou sendo preparada para a crioterapia. Trata-se de uma técnica que utiliza uma touca recheada com gel térmico, atingindo temperaturas negativas (-10º, no meu caso). Esse resfriamento no couro cabeludo é muito doloroso, mas reduz a quantidade de quimioterápicos que chegam até os bulbos capilares, diminuindo a queda de cabelos”, escreveu Ana.

Confira o post:

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Ontem fiz minha segunda sessão de quimioterapia. E a sensação é de que essa foi menos difícil do que a primeira. Volto a dividir detalhes com vocês porque, ao mesmo tempo em que me fortaleço com as palavras de carinho que recebo, acredito que posso também encorajar pessoas que estejam passando por situações tão difíceis quanto o diagnóstico de um câncer. Na foto, estou sendo preparada para a crioterapia. Trata-se de uma técnica que utiliza uma touca recheada com gel térmico, atingindo temperaturas negativas (-10º, no meu caso). Esse resfriamento no couro cabeludo é muito doloroso, mas reduz a quantidade de quimioterápicos que chegam até os bulbos capilares, diminuindo a queda de cabelos. Antes, é preciso encharcar a cabeça com água para depois colocar a touca. Foram 4 horas e meia com o equipamento na cabeça: meia hora antes do início da quimio e 2 horas após o término dela. É difícil, mas, até agora, eficiente. Só tenho a agradecer a todos os médicos pelas orientações, apoio e carinho comigo.🙏

A post shared by Ana Furtado (@aanafurtado) on Jun 12, 2018 at 8:02am PDT