Amy Adams fala a CLAUDIA sobre ‘Objetos Cortantes’, nova série da HBO
Atriz vive a personagem Camille, uma jornalista problemática que precisa encarar crimes terríveis em sua cidade natal. Produção estreia neste domingo (8)
Leve, despojada e sincera, Amy Adams tem um jeito engraçado, que provoca risos mesmo quando não está contando piadas. “Por favor, escreva aí que não estou grávida. Só uso roupas largas e gosto de nachos”, diz ela antes de começar a entrevista, reclamando dos veículos sensacionalistas que adoram inventar um novo membro para sua família.
A personalidade da atriz nada tem a ver com sua personagem, a tensa e misteriosa Camille, da série Sharp Objects (“Objetos cortantes”), que estreia neste domingo (8) na HBO.
Baseada no best-seller homônimo da americana Gillian Flynn, a mesma de Garota Exemplar, deve preencher a lacuna deixada pela primeira temporada de Big Little Lies e atrair fãs de suspenses. Amy está confiante, já que a receita para o sucesso é parecida: trama envolvente, superprodução, equipe afinada e o mesmo diretor.
Ela interpreta uma jornalista que volta à pequena cidade natal, de onde havia fugido, para reportar o desaparecimento de uma menina depois do assassinato de outra adolescente. Lá revive as relações conflituosas, com a mãe e a irmã, deixadas para trás. Se não bastasse, Camille é alcoólatra e tem o corpo cheio de cicatrizes, resultado da automutilação. “É tão denso que tive medo de entrar no mesmo estado mental dela”, diz a artista americana, indicada cinco vezes ao Oscar.
Não foi a primeira vez que isso aconteceu. Quando começou a fazer projetos de peso, teve dificuldade de separar ficção e realidade. “Meu marido e minha filha sofreram. Depois, mudei porque não queria ser aquela mãe que está fisicamente em casa e espiritualmente ausente”, conta Amy, mãe de Aviana, 8 anos.
Hoje ela aproveita as pausas nas filmagens para fazer exercícios de respiração e meditar. “Evito comer refeições pesadas”, revela. “Mas admito que precisei recorrer a algumas doses de uísque de centeio antes de entrar em cena.”
O projeto é um marco importante. Amy estreia na função de produtora executiva, o que lhe permite tomar decisões relativas ao elenco e à direção. “É incrível a sensação de empoderamento.”