‘Adoraria ouvir conselhos dela’, diz Príncipe William sobre a mãe
'Eu adoraria que ela tivesse conhecido Catherine e visto nossos filhos crescerem. É muito triste saber que ela não vai', revelou William
Em recente entrevista à GQ britânica, da qual é capa da edição de julho, o Príncipe William falou abertamente sobre suas emoções e a saudade que sente da mãe, Diana. O Duque de Cambridge, de 34 anos, contou que adoraria que ela pudesse conhecer sua família e dar conselhos sobre a criação de seus dois filhos, George, de 3 anos e Charlotte, de 2.
“Eu gostaria de ter recebido os conselhos dela. Eu adoraria que ela tivesse conhecido Catherine e visto nossos filhos crescerem. É muito triste saber que ela não vai, e eles nunca vão conhecê-la”, revelou. Em 30 de agosto deste ano, a morte da eterna Princesa de Gales completa duas décadas. William disse ter demorado muito tempo para aceitar a perda de Lady Di. “Agora, eu estou lidando melhor com isso e posso falar sobre ela [Diana] mais abertamente, mais honestamente, e consigo me lembrar melhor dela. Mas foram quase 20 anos para eu chegar nesse estágio. Na época, estava tão cru. E não é como o sofrimento da maioria das pessoas, porque todo mundo sabia de tudo, sabia da história, a conhecia“, completou.
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O monarca ainda falou sobre a importância de ter estabilidade em casa e que deseja criar seus filhos da mesma forma que sua mãe o fez. “Eu não poderia fazer meu trabalho sem a estabilidade da família. Eu quero que meus filhos cresçam num mundo feliz, estável e seguro e isso é muito importante para nós dois como pais. Eu quero que George cresça num ambiente vivo e real, não entre as paredes de um palácio. Ele tem que estar lá fora. A mídia torna isso mais difícil, mas eu vou lutar para que eles tenham uma vida normal“, revelou.
Diana sempre se dedicou para criar os filhos William e Harry fora do protocolo real: insistia para que os pequenos estudassem em uma escola pública, sempre se agachava para falar com eles olhando nos olhos – algo nunca antes visto ou feito pelos membros da Família Real – os levava para comer no Mc Donald’s e deixava que eles andassem de transporte coletivo. Quando ela os levou para a Disney, os pequenos aguardavam nas filas normais dos brinquedos como todo mundo.
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Outro assunto da entrevista foi a campanha Heads Together – fundação criada por ele junto ao irmão Harry e a esposa Kate Middleton –, que tem como objetivo incentivar as pessoas a sociedade mais abertamente sobre saúde mental. Ele revelou que sua maior intenção é quebrar o tabu: “Nós não podemos ir muito longe até que isso seja feito. As pessoas não conseguem acessar os tratamentos se elas ainda se sentem tão envergonhadas em falar sobre isso, então nós temos que atacar o tabu, o estigma, pelo amor de Deus, estamos no século 21”.
O príncipe também revelou ficar triste por saber que para muitas pessoas ainda é difícil conversar com os familiares. “Eu fico muito chocado com quantas pessoas vivem no medo e no silêncio por causa de suas condições mentais. Eu não entendo. Eu sei que sou reservado e tímido, que não mostro minhas emoções, mas, dentro de quatro paredes, eu penso nos problemas, eu confio nas pessoas ao meu redor para opiniões, e eu acredito muito na comunicação sobre essas questões. Eu não consigo entender como famílias, mesmo entre quatro paredes, ainda acham tão difícil conversar sobre isso. Porque a saúde mental está dentro de nossas cabeças, invisível, então as pessoas ficam receosas e não sabem o que dizer. Mas se você tem uma perna quebrada, todo mundo sabe o que dizer”, finalizou.
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