Futebol? É delas. Time colombiano é o único clube fundado por uma mulher
Adversário do Flamengo na Libertadores 2020, Junior Barranquilla homenageia sua criadora em todas as partidas
Subindo as escadas do vestiário em direção ao campo, o grito da torcida ecoa pelos corredores. Coração pulsando acelerado no peito. O pé direito é o primeiro a pisar no gramado e a mão toca o campo, como quem pede por uma benção, antes de se dirigir ao rosto para fazer o sinal da cruz. A paixão pelo futebol transforma histórias dentro e fora de campo, e a torcida do time Junior Barranquilla, que disputa nesta quarta-feira (04) o primeiro jogo da fase de grupos da Libertadores 2020 contra o Flamengo, sabe bem disso.
“Obrigado, Micaela, por este amor tão insuportável”. Essa é a frase que estampa a famosa faixa erguida pela torcida durante os jogos do clube colombiano. Ela faz referência a Micaela Lavalle de Mejía, fundadora do time, em 1924.
Moradora de um bairro popular tomado por pastos de criadores de gado, decidiu criar o clube para que seus filhos e vizinhos pudessem jogar futebol em um local reservado para a prática do esporte. Figura principal na criação do Juventude Infantil (antigo nome do clube), Mejía escolheu o vermelho, o azul e o branco para representar o Junior porque eram as cores dos navios britânicos que chegavam ao Porto Colômbia.
O Junior, que conquistou o primeiro dos seus sete títulos nacionais em 1977, se orgulha em dizer que é o único time de futebol do mundo a ser fundado por uma mulher.
Apesar da celebração, essa informação é questionada por outros times, como o Manchester City, que teria surgido a partir do trabalho social de Anna Connell, que acreditava que o futebol era uma forma de reduzir conflitos religiosos comuns na região de São Marcos, no Reino Unido.
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