Esses 8 livros brasileiros têm o poder de transformar sua forma de ver o mundo
Listamos obras que propõem reflexões sobre o amor, sociedade, solidão, entre outros temas universais

Algumas obras literárias têm o poder de provocar revoluções internas, mesmo que pequenas. Isso porque a literatura, especialmente quando nasce das experiências e inquietações dos autores, carrega em si o potencial de nos conectar com outros ângulos da realidade e nos deixam mais sensíveis, críticos e humanos.
Nesta seleção, reunimos títulos que abordam temas universais de forma profunda e honesta. Confira:
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Memórias Póstumas de Brás Cubas, por Machado de Assis
Este é um romance publicado em 1881 que conta a história de Brás Cubas, um homem já morto que apresenta suas memórias — trazendo uma visão irônica e crítica da sociedade do século XIX. Ao longo do texto, ele relata episódios de sua infância, juventude, amores e fracassos. O narrador não tem medo de relatar seu egoísmo e futilidades, representando a elite do Brasil da época.
A edição da editora Antofágica conta com 88 ilustrações de um dos expoentes da arte no Brasil, Candido Portinari, que chegam pela primeira vez ao grande público e dão uma nova camada de interpretação ao clássico.
Pequena Coreografia do Adeus, por Aline Bei
Este livro propõe uma reflexão sobre relacionamentos familiares e solidão. A história a acompanha desde a infância até a vida adulta, revelando como a falta de afeto molda sua personalidade. A narrativa de Aline Bei é sensível e a forma como ela escreve consegue intensificar a carga emocional da trama. A autora aborda temas como identidade, amadurecimento e pertencimento com sinceridade, criando uma obra que provoca empatia e reflexão.
O Amor e Sua Fome, por Lorena Portela
O romance mergulha nas complexidades do abandono afetivo e da busca por pertencimento. A história acompanha Dora, uma menina criada sem a presença da mãe e com um pai emocionalmente ausente, que encontra na amizade com Esmê uma forma de preencher o vazio emocional. À medida que amadurece, elas enfrentam os desafios da adolescência e da vida adulta, incluindo o surgimento de um novo amor e a construção de sua própria identidade. A autora tem uma escrita sensível que nos faz rir, nos emocionar e chorar.
Quarto do Despejo, por Carolina Maria de Jesus
Este livro é a transcrição do diário de Carolina Maria de Jesus. Publicado em 1960, ele narra seu cotidiano como catadora de papel enquanto enfrenta a fome, a miséria e a discriminação social. A obra destacou-se por sua autenticidade, proporcionando uma visão crua das classes marginalizadas. Carolina Maria de Jesus não apenas documenta sua luta diária, mas também reflete sobre a sociedade brasileira da época. Seu diário tornou-se um marco na literatura brasileira, sendo traduzido para treze idiomas e reconhecido internacionalmente por sua importância histórica e literária.
Pequeno Manual Antirracista, por Djamila Ribeiro
Neste pequeno manual, a filósofa e ativista Djamila Ribeiro trata de temas como racismo, negritude, branquitude, violência racial, cultura, desejos e afetos. Publicada em 2019, a autora propõe caminhos de reflexão para aqueles que desejam aprofundar sua percepção sobre discriminações racistas estruturais. A obra destaca que o racismo não é um simples ato de vontade de um sujeito, mas um sistema de opressão que nega direitos e cria desigualdades sociais.
Arlindo, por Ilustralu
Esta é a história certa para quem gosta de quadrinhos. A trama acompanha a vida de Arlindo, um adolescente do interior do Rio Grande do Norte, e se passa nos anos 2000. O drama retrata as experiências do garoto com suas amizades, primeiros amores e os desafios de se afirmar como jovem gay em uma cidade pequena e conservadora. A obra destaca a importância da amizade, da família e da aceitação, mostrando como o apoio das pessoas queridas pode ser essencial para enfrentar os problemas.
Ideias para Adiar o Fim do Mundo, por Ailton Krenak
Um ensaio curto, mas profundamente potente, publicado em 2019. Nessa obra, o líder indígena, ambientalista e filósofo propõe uma crítica ao modelo de civilização ocidental baseado no consumismo e na exploração da natureza. Ele defende que há muitas formas de estar no mundo — e que as ideias indígenas oferecem caminhos valiosos para repensarmos nosso modo de vida.
Nós: O Atlântico em solitário, por Tamara Klink
Em 2021, em plena pandemia, a navegadora Tamara Klink partiu da França com o objetivo de chegar até a costa brasileira pelo mar. Aqui, nos deparamos com um diário de viagem inspirador: aos 24 anos, ela se tornou a pessoa mais jovem do pais a realizar essa jornada. Durante a travessia, enfrentou desafios físicos e psicológicos, contando apenas com a companhia de seu caderno e do barco, além do apoio de amigos e familiares (de longe, é claro). A autora utiliza uma linguagem poética, convidando o leitor à uma imersão nas emoções e pensamentos que surgem durante a solidão.
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