Carol Biazin declara seu amor à Bossa Nova e fala sobre show em NY
Vivendo a sua era de maior sucesso, a cantora, compositora e multi-instrumentista é uma das grandes apostas do pop nacional
Desde que participou da sexta temporada do The Voice Brasil, no time de Ivete Sangalo, a carreira de Carol Biazin vem alcançando grandes alturas. Prova disso é o lançamento de seu disco mais recente, REVERSA, que além de ter sido extremamente bem recebido pela crítica especializada e público geral, rendeu uma turnê com shows esgotados e a participação em um projeto internacional em homenagem à Bossa Nova.
Obviamente, estamos falando do aguardado show que a popstar realizará em Nova York neste domingo (8), no Carnegie Hall, ao lado de grandes nomes da indústria fonográfica como Seu Jorge, Carlinhos Brown e Daniel Jobim. Ela será a única voz feminina brasileira escalada para o espetáculo (classificado como uma ode à herança cultural e musical do Brasil).
Em entrevista exclusiva à CLAUDIA, Biazin comenta sobre essa honraria, revela como vem sendo a experiência de estar à frente de uma turnê extremamente bem-sucedida e muito mais. Confira:
CLAUDIA: Como está sendo o preparo para a sua apresentação no Carnegie Hall na próxima semana? O que podemos esperar do espetáculo?
Carol Biazin: Eu estou uma pilha de nervos. Extremamente lisonjeada com esse convite. Fazer essa segunda edição de uma noite tão especial para a música brasileira é uma honra inigualável. Ser a única mulher brasileira a subir no palco junto com o seu Jorge, Carlinhos Brown, Daniel Jobim e Menescal é um reconhecimento que eu fico muito feliz. Apenas os ensaios já têm sido uma experiência muito boa. A música flui, a gente tem se conectado muito… É só alegria.
CLAUDIA: Em sua opinião, qual é o aspecto mais apaixonante da Bossa Nova? Você possui alguma memória afetiva com esse gênero musical?
Carol Biazin: Ela está na veia de todo brasileiro, né? É uma das nossas grandes vitrines para o mundo. Além disso, a Bossa Nova entrou cedo em minha vida, durante as aulas de violão que eu fazia quando criança. Me lembro que a primeira música que o meu professor me passou foi Garota de Ipanema. Os acordes robustos, que fogem à normalidade, me encantaram. Chega de Saudade mexe comigo. É muito especial. E nomes como Nara Leão e o Menescal são pessoas que eu admiro demais.
CLAUDIA: Me conte sobre a sua relação com Carlinhos Brown, Seu Jorge e Daniel Jobim. Vocês possuíam algum contato antes da apresentação? O que você mais admira nesses artistas?
Carol Biazin: Eu acho que esse line-up expressa a música brasileira hoje e sempre. A musicalidade do Seu Jorge e a poesia que ele coloca nas músicas é algo indescritível. Por outro lado, Carlinhos Brown e a sua percussão inigualável trouxeram contribuições gigantescas para a cultura nacional. Enfim, todos esses artistas são monstros da MPB. Para mim, de novo, é uma honra estar ao lado de todos eles.
CLAUDIA: Você é a única voz feminina escalada para o show, sendo um elo entre o passado e o presente da música brasileira. Como você honra a nossa herança cultural em suas músicas? Você busca fazer isso?
Carol Biazin: É um peso carregar esse título, né? Risos. Mas eu estou me preparando muito para honrar esse lugar e fazer um show lindo no Carnegie Hall. Fico bastante lisonjeada em ser esse elo entre entre o passado e o presente. E acredito que o que me liga com os meus fãs e os meus ouvintes é a verdade que eu ponho nas minhas letras e nas minhas melodias. Eu vivo tudo o que canto, e canto cada palavra vivendo ela. E, pra mim, a Bossa Nova e a MPB refletem o que o brasileiro vive e gosta.
CLAUDIA: Me conte sobre a sua parceria com Baco, Ligações de Alma. Como surgiu essa colaboração?
Carol Biazin: Nossa, essa música tem sido uma alegria. Eu sempre admirei o Baco Exu do Blues. Quando a canção ficou pronta, eu sabia que combinava com ele. O convidei e, além de topar, ele deu um toque singular para a música. Fora a recepção dos fãs que está muito forte nas redes sociais, viralizando trechos da música e criando vídeos com ela. Tenho cantado essa canção nos shows e é um dos momentos que o público mais canta junto. Impressionante!
CLAUDIA: Qual foi a sua maior fonte de inspiração, em termos de conceito e sonoridade, para o álbum REVERSA?
Carol Biazin: O álbum REVERSA, sonoramente falando, representa coisas que eu ouço e que os meus fãs também consomem. Uma produção pop, mas com o meu toque e personalidade. São situações que eu vejo e vivencio a todo tempo.
CLAUDIA: Como funciona o seu processo de escrita? Você possui algum ritual para compor ou este é um processo orgânico e imprevisível?
Carol Biazin: Compor é uma paixão. Mas é um processo que varia um pouco. Reflete um pouco da minha vida. Às vezes eu estou super inspirada, e, em outras, é necessário usar a prática para ter um resultado interessante. Eu anoto muito as minhas composições, as minhas ideias, gravo no bloco de notas as melodias e harmonias que vêm na minha cabeça… E aí, quando estou no estúdio, com meu time incrível de produtores e parceiros de composição, a gente dá vida e faz a mágica acontecer.
CLAUDIA: Há algum projeto futuro pelo qual você está bastante animada? Pode nos dar um vislumbre do que está por vir nos próximos meses?
Carol Biazin: Eu estou na estrada com o REVERSA TOUR até o fim do ano. São mais de 16 cidades, shows em festivais gigantes, com uma estrutura única para todos os shows. Já tivemos quatro datas esgotadas, sem falar da interação com os fãs que não tem igual. Isso me deixa extremamente feliz. Mas eu posso adiantar que tem coisa boa vindo por aí… e que a experiência REVERSA ainda não acabou por completo!