Como congelar alimentos com segurança
Especialistas dão dicas do que pode – ou não – ser congelado e em quanto tempo deve ser feito o consumo
Você é daquelas que prefere cozinhar de uma vez e congelar alimentos para vários dias? Já deve ter rolado a dúvida do que pode ser congelado e em quanto tempo deve ser consumido.
Para acabar com essas questões, CLAUDIA ouviu duas especialistas no assunto – a nutricionista Thays Pomini e a nutróloga Sylvia Ramuth – e te traz as respostas.
Qual temperatura congelar alimentos?
Elas contam que a temperatura ideal para congelar alimentos é -18°C, ou ainda menos – e esse número deve ser mantido durante todo o período de armazenamento no freezer.
Como congelar vegetais e legumes?
Primeiro, é preciso que estes ingredientes estejam frescos e sejam de boa qualidade. “Deixe de molho com hipoclorito de sódio, lave bem em água corrente e retire as partes não comestíveis. Então faça o branqueamento: mergulhe os vegetais em água fervente por um curto período de tempo e, em seguida, resfrie-os rapidamente em água gelada. Esse processo ajuda a preservar a cor, o sabor e os nutrientes. O cozimento e o corte dos legumes são opcionais, o branqueamento é suficiente para preservar sua qualidade”, conta Thays.
Em seguida, vegetais e legumes devem ser bem secos, para evitar a formação de cristais de gelo na hora de congelar. “Embale-os em sacos plásticos próprios para congelamento ou em recipientes herméticos, retirando o máximo de ar possível”, recomenda Sylvia, diretora técnica da rede Emagrecentro.
O que não pode ser congelado?
Mas nem tudo deve ser congelado, pois a qualidade é comprometida: alface, pepino, tomate cru, ovos cozidos com casca, maionese ou molhos à base de ovos, frutas com alto teor de água como melancia e melão, laticínios e alimentos fritos (pois perdem a crocância) devem ser consumidos o quanto antes. “Leite pode ser congelado, mas perde a textura homogênea”, alerta a nutricionista.
Quanto tempo os alimentos podem ficar congelados?
Uma vez congelados, é preciso ficar atenta à validade. “Carnes, sopas, arroz, feijão e peixes duram de 2 a 3 meses congelados. Sobras de pizza e massas, de 1 a 2 meses; frangos e aves, de 3 a 4 meses”, explica Thays.
Uma dica é dividir vegetais e legumes em porções para o consumo e etiquetar o que está sendo congelado com a data, para ter uma ideia da validade deles. No caso de marmitas, que levam diferentes ingredientes, a recomendação de consumo é em até 2 meses.
“Algumas frutas podem ser congeladas para evitar a compra de sorvetes em casa. As uvas congeladas, por exemplo, ficam como pequenas bolinhas de sorvete e são refrescantes e crocantes. Outra opção é congelar fatias de banana. É uma forma divertida e saudável de aproveitar frutas e ainda ter um petisco gelado quando o clima está quente para a criançada”, indica a nutróloga.
Como descongelar os alimentos?
As profissionais são unânimes ao dizer que o ideal é descongelar os alimentos na geladeira de um dia para o outro, pois isso impede o crescimento de bactérias.
“Outra opção é utilizar o micro-ondas em modo descongelamento, mas é preciso ter cuidado para não cozinhar o alimento. Nunca descongele alimentos em temperatura ambiente, pois isso aumenta o risco de proliferação de bactérias”, ensina Thays.
Como saber se o alimento ainda está bom?
“Ao descongelar observe se houve alteração na cor do alimento, pois isso pode indicar que está deteriorado. Além disso, qualquer textura estranha ou sinais de queimadura de congelamento podem indicar que o alimento não está adequado para consumo. Também é importante prestar atenção ao cheiro: o odor deve ser normal. Um cheiro desagradável pode ser um sinal de que o alimento não é mais seguro para consumo”, diz Sylvia.
“Verifique se há manchas, mofo ou qualquer alteração na cor e textura. Se houver qualquer sinal de deterioração, descarte o alimento”, complementa Thays.
Depois de descongelado, não congele novamente
Se você descongelou mas não vai usar tudo, nada de guardar o alimento novamente no congelador. “O processo de congelamento e descongelamento pode causar a perda de nutrientes e alterar a textura dos alimentos, além de aumentar o risco de contaminação”, afirmam as profissionais.
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