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Rachel Jordan

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Referência no mercado de consultoria de imagem, Rachel Jordan é especialista em comportamento profissional e atua como consultora, mentora e palestrante para empresas e pessoas que desejam desenvolver suas habilidades emocionais e alavancar a carreira. Co-autora do Livro À Sua Moda – 4Talks, Rachel também ministra cursos e workshops na área

Qual o propósito do seu propósito? Isso é realmente necessário?

O caminho para encontrar nossa missão no mundo não tem uma fórmula mágica, mas Rachel Jordan dá dicas para que o processo seja respeitoso

Por Rachel Jordan
Atualizado em 10 fev 2021, 11h57 - Publicado em 10 fev 2021, 10h00
mulher bebendo cafe
 (JGI/Jamie Grill/Getty Images)
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Estamos vivendo uma era de modismos na qual de tempos em tempos uma palavra é alçada ao papel de estrela da temporada. É o caso de propósito, vocábulo que anda em alta nas rodas sociais e profissionais. Ter um propósito para qualquer coisa se tornou praticamente uma obrigação, uma espécie de missão a ser cumprida. É claro que é muito importante, e essencial, ter objetivos na vida. É o que nos impulsiona e nos faz seguir adiante. Mas não podemos transformar esses objetivos em armadilhas que nos derrubem e joguem nossa autoestima ladeira abaixo.

Qual o propósito do propósito? Ele é realmente necessário? Essa é a pergunta que deveríamos fazer a nós mesmas a cada vez que somos cobradas, muitas vezes de forma até agressiva, sobre ter um propósito, ou vários, de vida. E vamos combinar que o conceito da palavra varia muito de pessoa para pessoa e tem um peso diferente para cada um. O que é um grande propósito para mim, pode não ser para você e vice-versa. E se o meu for simplesmente viver a vida da maneira mais simples possível sem qualquer ambição material ou profissional? Isso significa que não tenho objetivos e que mereça ser julgada?

O problema é que essa avalanche de cobranças acaba pesando muito para algumas pessoas, especialmente para nós mulheres. Muitas vezes nos sentimos inferiores e incapacitadas porque não temos um propósito que atenda às expectativas da família, dos amigos, do marido. E quando temos, são criticados, ou considerados sem sentido, por quem devia nos dar apoio. E essa urgência de se apresentar um propósito de vida resulta em problemas como depressão, crises de ansiedade, entre outras questões. Acabamos nos tornando vítimas dessa pressão que chega por todos os lados das mais diferentes formas.

Onde está escrito, por exemplo, que uma mulher só pode ser realizada profissionalmente se exercer um posto de liderança numa grande empresa ou se tornar a profissional do ano? Temos todo o direito de escolher caminhos avaliados como menos glamurosos para alguns, mas importantes para nós. É possível, sim, se sentir realizada e feliz dessa maneira. E se a escolha for se dedicar aos filhos, a acompanhar o crescimento dos pequenos de forma integral? Isso fará de cada uma de nós mulheres menos interessantes? Claro que não. Se esse for o nosso objetivo, e se estivermos felizes, está tudo bem. Está mais do que na hora de darmos um basta ao que a sociedade estabelece como padrão de vida ideal.

Abaixo, algumas dicas de como estar em paz com o seu propósito, e do outro, seja ele qual for.

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Respeite o outro

É preciso entender, e aceitar que muitas pessoas têm dificuldade de encontrar o seu propósito, que precisam de mais tempo para descobrirem o que de fato desejam para si. Saiba respeitar o seu momento e o das outras pessoas. Cada um tem o direito de fazer suas escolhas num tempo diferente do seu.

Afeto e acolhimento

Se deseja contribuir e ajudar uma pessoa a descobrir o seu propósito, o faça de forma afetuosa, acolhedora, sem cobranças. Converse sobre caminhos, possibilidades, mas não determine o que é bom para alguém. Se coloque no lugar do outro. Você gostaria de ser cobrada? Já pensou sobre a angústia que isso pode provocar em muitas pessoas?

Escolhas

Ter um propósito é uma questão muito íntima, muito particular. Algumas pessoas demoram uma vida inteira para descobrir o que realmente querem. Outras escolhem uma carreira, muitas vezes são bem-sucedidas, mas não se sentem felizes. E continuam sua busca. Outras descobrem seu objetivo de vida na infância. Não existe regra, cada um tem o direito de lidar com essa questão como for melhor.

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Autoconhecimento

E para quem ainda não descobriu seu propósito de vida, mas gostaria de encontrá-lo de forma saudável, sem angústia ou cobranças, um bom caminho é o autoconhecimento. Ao se entender, conhecer melhor a sua essência e não se deixar abater por crenças limitantes, talvez você perceba de forma mais clara o seu propósito.

Companhias positivas

Procure estar próxima de pessoas positivas, que fazem bem e respeitam quem você é. Não abra espaço para relações tóxicas que podem minar sua autoestima. Conheça pessoas novas, amplie seus horizontes. Tudo acontece de forma natural. E se você ainda não encontrou seu propósito, não se chicoteie por isso. Tenha compaixão de você e dos seus sentimentos.

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