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Stéphanie Habrich

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Stéphanie Habrich é CEO da editora Magia de Ler, apaixonada pelo mundo da educação e do jornalismo infantojuvenil. Fundadora do Joca, o maior jornal para adolescentes e crianças do Brasil e do TINO Econômico, o único periódico sobre economia e finanças voltado ao público jovem, ela aborda na coluna temas conectados ao empreendedorismo, reflexões sobre inteligência emocional, e assuntos que interligam o contato com as notícias desde a infância e a educação, sempre pensando em como podemos ajudar nossos filhos a serem cidadãos com pensamento crítico.
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Qual é o tamanho dos problemas diante da sua trajetória de vida?

Saber enxergar o peso de cada momento faz toda a diferença para encarar os desafios do dia a dia

Por Stéphanie Habrich Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
8 fev 2023, 09h31
como lidar com pequenos problemas
Estamos sofrendo com as miudezas, dando importância aos ciscos e nos esquecendo de assumir o controle para valorizar o todo. (Fernanda Latronico/Pexels)
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Na passagem entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023 fiz a leitura de Tudo é Rio, livro da escritora brasileira Carla Madeira. Por volta do meio da história, durante a descrição de uma de suas intensas personagens, a autora traz a seguinte frase: “Sofrer com miudeza é querer ser infeliz, ignore o cisco.”

Quantas vezes já não me peguei transformando um problema do dia a dia na famosa tempestade em copo d’água? Está certo que as miudezas irritantes, problemáticas e tristes da vida, quando reunidas, podem fazer transbordar até uma jarra. Mas também está nas mãos de cada um de nós tomar as rédeas da própria vida – e da própria história – para não permitir que qualquer cisco, com diz a obra de Carla, tome proporções além das merecidas.

“Quanto mais consciente uma pessoa é sobre a história dela, o caminho que percorreu para chegar aonde está, quais escolhas fez e, principalmente, entender por que fez determinadas escolhas, mais ela vai sentir que está, de fato, vivendo”, explica Angelita Corrêa Scardua, Mestre e Doutora em Psicologia Social pela USP.

Diante dessa linha de pensamento, e da trajetória que já percorri até aqui, ter consciência sobre a minha história me ajuda, diariamente, a viver de verdade – e não apenas existir, quase que como que empurrando tudo com a barriga. Com mais clareza sobre os caminhos que percorri até o momento atual, me sinto mais no comando do dia a dia e menos suscetível aos ciscos que sempre vão surgir. A meu ver, essa tomada de consciência, fundamental para o bem estar, é algo que precisamos ajudar nossos filhos a compreender desde cedo. “Essa consciência é muito importante para que a pessoa sinta que está vivendo no sentido amplo e não apenas seguindo o fluxo, um dia após o outro, sem muito significado”, continua Angelita.

Estar atento a esse processo e à amplitude do que é viver colabora para lidar com os problemas, tristezas, desafios… Enfim, tudo o que, inevitavelmente, vamos viver. E sempre enxergando o tamanho real de cada questão enfrentada diante de nossa trajetória de vida.

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“Toda vez que você estiver sofrendo por algo, imagine uma linha do tempo do seu nascimento até o momento presente – isso pode até ser colocado no papel. Pegue o que preocupa agora, ou algo que aconteceu há um tempo e deixa você triste, e localize na linha do tempo da sua vida. Então, pare e pense em qual é o espaço que isso ocupa na linha do tempo. Na maioria das vezes você vai se dar conta de que aquilo é insignificante”, diz a especialista. “Poucas vezes estamos preocupados ou sofrendo com algo que realmente é relevante quando pensamos na história da nossa vida. Esse exercício ajuda a descobrir que estamos gastando tempo com algo irrelevante.” 

Ou seja, estamos sofrendo com as miudezas, dando importância aos ciscos e nos esquecendo de assumir o controle para valorizar o todo, aquilo que realmente forma nossa trajetória de vida.

Se, ainda na infância, mostrarmos aos nossos filhos o tamanho das coisas desagradáveis que acontecem diante dos momentos bons (de tranquilidade, alegria, diversão, descanso, aprendizado), vamos colaborar para que essa valorização do todo diante do que é apenas pontual aconteça de forma mais natural ao longo do crescimento deles.

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Minha sugestão é fazer esse processo em família. Por exemplo: quando algo não tão bom afetar o dia a dia em casa, procure colocar o problema em perspectiva diante de toda a trajetória familiar. Aprender, a partir do exemplo em casa, a dar o tamanho certo a cada infortúnio do dia a dia certamente vai contribuir para o bem-estar futuro dos seus filhos – e também do seu.

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