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Stéphanie Habrich é CEO da editora Magia de Ler, apaixonada pelo mundo da educação e do jornalismo infantojuvenil. Fundadora do Joca, o maior jornal para adolescentes e crianças do Brasil e do TINO Econômico, o único periódico sobre economia e finanças voltado ao público jovem, ela aborda na coluna temas conectados ao empreendedorismo, reflexões sobre inteligência emocional, e assuntos que interligam o contato com as notícias desde a infância e a educação, sempre pensando em como podemos ajudar nossos filhos a serem cidadãos com pensamento crítico.
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Como os jovens podem ajudar o Afeganistão?

Colunista Stéphanie Habrich faz uma reflexão sobre a situação do Afeganistão

Por Stéphanie Habrich Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
26 ago 2021, 09h55

Desde que o Talibã assumiu o controle de Cabul, a capital do Afeganistão, o grupo extremista e suas práticas condenáveis se tornaram o assunto número um nos veículos de comunicação e nas redes sociais

E não é à toa: na primeira vez em que comandou o país, entre 1996 e 2001, o Talibã impôs regras rígidas aos cidadãos, como obrigatoriedade para as mulheres do uso de burca (tecido que cobre o corpo todo com uma tela na altura dos olhos, para enxergarem), proibição de livros, filmes e músicas ocidentais, autorização para que apenas meninas de até dez anos frequentassem as escolas, uso de agressão física para quem descumprisse as normas estabelecidas por eles, entre outras medidas que, claramente, desrespeitam os diretos humanos.  

Veja também: Mulheres malham às escondidas na 2ª maior cidade do Afeganistão

Ao longo dos últimos dias, vi diversos posts de pessoas se solidarizando com a situação da população do país, especialmente em relação às mulheres, que podem ser as mais prejudicadas pela ascensão do grupo. Porém, tenho que dizer que esperava mais da comunidade internacional, especialmente dos jovens. As novas gerações, que são tão conectadas com as redes sociais e que têm alcances gigantescos em seus perfis, poderiam fazer mais para exigir que as autoridades do mundo inteiro se mobilizassem para ajudar o povo afegão. É importante mostrar a nossa indignação com o que está acontecendo por lá e deixar claro que não iremos aceitar que governos opressores, como o do Talibã, continuem, em pleno século 21, maltratando a sua população enquanto nós assistimos a tudo de braços cruzados. 

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É aí que acredito que entra a importância de os pais conversarem sobre atualidades com os filhos – algo que eu sempre defendo nesta coluna. De forma despretensiosa, durante o jantar ou um trajeto de carro, a família pode debater esse assunto. O que está acontecendo no Afeganistão? O que o jovem pensa sobre tudo isso? O que as pessoas comuns poderiam fazer para pressionar as autoridades ao redor do mundo a ajudar o povo afegão? Como essa ajuda poderia ser colocada em prática? 

Essas conversas são importantes para aprofundar conceitos e estimular reflexões. Como sabemos, nas redes sociais, por onde muitos jovens se informam, as discussões frequentemente são feitas de forma superficial e simplista. Além disso, é frequente ver usuários compartilhando conteúdos apenas para participar do “assunto da moda” e não porque realmente entenderam aquela questão. Por essas e outras, é importante que os adultos ajudem os mais novos a pensar sobre o problema do Afeganistão de forma mais aprofundada. Se eles estiverem mais conscientes sobre o tema, usarão as mídias sociais de forma mais agregadora. Assim, seus conteúdos se juntarão a outros conteúdos lúcidos e ajudarão a pressionar os governantes ao redor do mundo.  

Mesmo em uma escala menor, as redes sociais, se utilizadas de forma consciente, podem ser de grande valia para ajudar o Afeganistão nesse momento. Há diversas entidades que há anos auxiliam a população do país. Os jovens podem, por exemplo, compartilhar com seus seguidores algumas indicações de instituições confiáveis, como a Cruz Vermelha e o Comitê Internacional de Resgate, que estão aceitando doações para ajudar os afegãos. É claro que uma pequena quantia não resolve o problema como um todo, mas já contribui para comprar comida ou itens de higiene e, assim, minimizar o sofrimento dos cidadãos. 

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 No Joca, jornal para crianças e jovens que fundei há dez anos, estamos fazendo uma cobertura completa sobre a situação do Afeganistão. Além de falar sobre o que está acontecendo agora, explicamos todo o contexto histórico por trás da questão: como o Talibã surgiu, por que os Estados Unidos passaram vinte anos no país, como foi o governo do grupo na década de 1990… Assim, a criança e o adolescente terão mais condições de ter um entendimento maior e mais preciso sobre a questão.

 Caso você esteja pensando em conversar com algum jovem sobre a situação do Afeganistão, faço o convite para que procure os nossos conteúdos (jornaljoca.com.br). As matérias podem ser lidas por vocês dois e servir como ponto de partida para discussões sobre o assunto e até para buscar ainda mais informações, em outros sites e veículos da imprensa, e saber ainda mais sobre o tema. Tenho certeza de que essa experiência será enriquecedora.

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