Levei um susto. Vão dizer: preconceituosa. Não… mas tinha na Cláudia Raia a imagem da musa da menopausa, aquela que colocava o assunto na roda. E num piscar, ela vira fértil? Como assim? Também pensei muito na ralação da maternidade. Não é o primeiro filho, como o da Viviane Araújo, mas sim o terceiro.
Ela não pode? Claro que pode. Deve. Faz o que quiser com seu corpo. Mas e o lesco-lesco? Não sei, mas eu tenho quase 60 anos e ainda estou formando filhas na faculdade. Elas ainda moram comigo. Dependem financeiramente dos custos essenciais como moradia, alimentação, plano de saúde e, até semana passada, do custo da faculdade. Formar as minhas meninas teve um sabor de fim de ciclo e uma volta do bumerangue para mim.
Quero realizar as minhas vontades, os meus desejos. Até aqui fui um banco, porque sou mãe solteira desde que meu ex marido nos abandonou financeiramente. E olho a Cláudia e penso: começar tudo de novo? Me dá até calafrio. E dirão: ela tem grana, fama, babá, tudo pago…. Mas sabemos que por mais princesa que sejamos, a borralheira surge.
E também dirão: mas o Celulari acabou de ser pai com mais de 60. Ele pode? Gente, homem só faz filho. Não carrega. Não gera. Não pare. Não amamenta. Não se acaba numa gravidez, sobretudo tardia. Tô chateada? Claro que não. Feliz pela felicidade dela e, que fique claro, a maturidade é uma época de recomeços. E não de despedidas. Parabéns Claudia. Os hormônios agora estão bombando. Aproveita!