2018. Passei a virada em Copacabana… Olhei aquele mundaréu de gente e foquei meu radar na mulherada madura. Muitas, espremidas em vestidos brancos sou-gostosa, lingerie mínima, cabelão, suor, purpurina, sandália de brilho, espumante na mão, arruda na orelha.
E eu na janela do Posto 6, esperando a explosão anunciada de 17 minutos de fogos pré-show da Anitta. Lá fiz uma espécie de retrospectiva pessoal deste último ano que muitos querem esquecer. Eu não.
A plataforma #atitude50 com os talkshows presenciais, os bate-papos com a escritora Martha Medeiros, o canal de Youtube, as colunas virtuais –como a que você lê agora–, além do novíssimo site
www.atitude50.com, dão uma dimensão do poder do recomeçar.
Cinquenta anos é velha? Pra quê? Quem disse? Por que não pode? Eu fiz uma reinvenção da minha vida, optando por um novo casamento; sendo mais querida com meu corpo (confesso que abusei um bocado no ano ido, mas tô na missão de uma vida saudável) e sobretudo querendo alargar minha área de atuação profissional pensando a mulher madura.
Tanta coisa a fazer, a emponderar (já sei que muitas odeiam este termo), mas o atual feminismo nos ajudou. As menininhas que estão queimando seus sutiãs, botando a boca no trombone do assédio, mudando leis sobre maus- tratos e espancamento, agindo impecavelmente contra abusos virais e difamação dos seus corpos na internet nos ajudam e muito.
As cinquentonas, quase sessentonas, estão com tudo. Mais libertas para novos desejos, com perfis no Tinder, respeitando seus quereres e investindo pesado no prazer. Uma cervejinha, um tibum no mar, uma dança de salão na academia, tatoo nova, uma tarde com os netos no shopping, uma repaginada na beleza íntima, um sorvete na praça.
Entre o novo e o antigo, a mulherada 50+ vai elencando suas vontades para o ano bom. Eu quero botar o pé na estrada, fazer meu road show com a Martha e inspirar mais e mais histórias de superação. Como diz o refrão: Prepara!