Queda de cabelo por estresse? Culpa do coronavírus?
Entenda por que os fios caem mais em épocas de crise como a que estamos vivendo
É assustador! De repente o cabelo desprende com muita facilidade e não para mais de cair. Você vê os fios na roupa, no banho, no travesseiro e sente aquele toque sutil de fios de cabelo despencando nos momentos mais inadequados.
A haste do cabelo está encaixada no folículo pilossebáceo, cuja parte mais profunda é considerada a raiz do fio capilar. Na situação de normalidade, cerca de 85% dos fios de cabelo do couro cabeludo estão crescendo e 15% estão em repouso ou caindo. Quando o fio cai o folículo permanece intacto no mesmo local gerando outro fio que cresce novamente. Este é o chamado ciclo capilar que se repete ao longo da vida. O fio de cabelo nasce, cresce, repousa, morre e nasce novamente algumas vezes na vida.
Sabemos que o estresse pode levar a queda de cabelo. No momento, estamos passando por uma forte sobrecarga emocional devido a pandemia pelo coronavírus. O organismo humano tem uma gestão interna inteligente, que tem capacidade de controlar todos gastos de energia do corpo. O crescimento capilar gasta muita energia, pois é o 2º local no organismo de intensa troca celular, sendo que o 1º local é o sistema sanguíneo com a produção de glóbulos vermelhos. Sendo assim, essa gestão inteligente diminui o crescimento capilar, levando vários fios antecipadamente para a fase de repouso. Esses cabelos, uma vez na fase de repouso, irão cair cerca de um a três meses depois dessa mudança. Dessa forma, o percentual de cabelos em queda que normalmente é de 15% passa para 25% a 40%.
Muitas pessoas neste momento estão tendo este tipo de queda de cabelo que é assustadora. É bom lembrar que nessa situação o folículo com a raiz estão intactos e na sequência o fio irá crescer novamente. O estresse intenso, devido a pressões emocionais e, por alterar o nível de cortisol, pode causar esse tipo de queda de cabelo explicado acima.
O tratamento para esse quadro é difícil pois não se trata de uma doença infecciosa ou autoimune, mas sim uma disritmia do organismo. Vitaminas como biotina, aminoácidos como cisteína e oligoelementos como o silício orgânico podem ajudar. Essa suplementação pode ocorrer por cerca de 2 a 4 meses.
É importante consultar o médico mesmo que por telemedicina, pois a causa da queda pode ser variada e são necessários exames para avaliar anemia, doenças da tiroide, quadros infecciosos ou inflamatórios, entre outros. Vários outros motivos podem levar a queda de cabelo, inclusive a calvície genética. O tratamento nestas situações é importante e necessário como normalizar a tiroide ou tratar a anemia.
Formulações tópicas com Minoxidil, 17αestradiol ou melatonina podem ser interessantes, também por 2 a 4 meses.
Calma, equilíbrio, alimentação nutritiva, sono adequado e exercícios moderados são importantes para o controle do estrese e vão ser determinantes para a melhora deste tipo de queda de cabelo.