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Denise Steiner

Por DERMATOLOGIA Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
A médica Denise Steiner é dermatologista, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia e doutora pela Unicamp
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O que a Covid-19 tem a ver com a sua queda de cabelo?

Após contrair a doença, é comum que os fios sofram com as quedas. A dermatologista Denise Steiner explica o processo e os tratamentos

Por Denise Steiner
7 out 2021, 19h28
Queda de cabelo
 (|Science Photo Library/Getty Images)
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O cabelo tem fases de crescimento, repouso e queda, obedecendo ciclos constantes, sendo que a primeira dura cerca de quatro anos e a segunda de  dois a quatro meses. Após a queda, ele recomeça outra vez.

Numa pessoa saudável, 85% dos cabelos do couro cabeludo estão na fase de crescimento e 15% nas fases de repouso e queda.

Para manter esse ciclo, o organismo consome energia, sendo que esse gasto é superado somente pela produção de células sanguíneas.

Veja também: Cintra, vou colorir o que cabelo. O que devo fazer?

O organismo humano tem uma gestão inteligente e, quando é submetido a um desgaste por doença ou estresse emocional, interrompe o gasto de energia com o cabelo, para priorizar a defesa do organismo como um todo.

Sendo assim, quando a pessoa é acometida pela Covid-19, gerando inflamação e maior consumo de energia, o crescimento capilar deixa de ser prioridade, entrando automaticamente na fase de repouso e depois queda.

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Quando o fio entra na fase de repouso, ele só tem a opção de cair, então o ciclo reinicia novamente. Por esse motivo, cerca de dois meses após ser acometido por Covid-19, o cabelo cai em grande quantidade, assustando seu portador.

Porém, a raiz do cabelo não é destruída, por isso o cabelo com o passar do tempo pode voltar à normalidade. Esse quadro de queda de cabelo é chamado de eflúvio telógeno, não sendo alopecia androgenética nem cicatricial.

A intensidade e gravidade da queda de cabelo por Covid-19 é relacionada a cada indivíduo e situação específica. É importante uma boa avaliação da saúde geral e capilar do indivíduo acometido.

O tratamento é sintomático e pode ser acompanhado por suplementos para melhorar a condição do couro cabeludo e da haste capilar. Podem ser usados suplementos, como silício orgânico, vitaminas do complexo B, vitamina C, vitamina E, zinco, magnésio, e aminoácidos como cisteína e outros elementos como coenzima Q10.

Podem ser utilizados medicamentos como Minoxidil, finasterida e fitoterápicos como saw palmetto, dependendo de cada situação.

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Esses casos graves, com comprometimento importante da haste capilar, vale a pena utilizar tratamentos adjuvantes, como microinfusão de medicamentos na pele e até mesmo PRP.

Cuide-se!

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