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A parte que me cabe

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Idealizadora do @namastreta, a jornalista Caroline Apple trilha o caminho da autorresponsabilidade nos relacionamentos

Você está tentando mudar seu companheiro?

Há um altruísmo no processo de querer "melhorar" alguém, mas ele pode se misturar com muitas questões pessoais e se tornar um fardo para todos os envolvidos

Por Caroline Apple
24 out 2022, 19h06
Precisamos deixar claro para nós mesmas aquilo que queremos deixar entrar na nossa vida por meio de outra pessoa.
Precisamos deixar claro para nós mesmas aquilo que queremos deixar entrar na nossa vida por meio de outra pessoa. (Ba Tik/Pexels)
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Eu já passei por várias pegadinhas quanto a tentativa de mudar alguém, mas percebo que a única coisa que realmente muda são meus motivos para fazer isso, o outro segue sendo o que pode ser. Já passei por vários motivos para agir assim: tentativa de controle, baixa autoestima, síndrome da salvadora, medo da relação acabar, ver a pessoa “desperdiçando” sua melhor versão. Acredito que, por mais bem intencionada, tudo não passa de um grande desrespeito com o outro e com nós mesmos, que ficamos tentando fazer algo caber em nossa vida na marra. É como tentar encaixar o quadrado no espaço da bolinha e achar que o problema é a peça que está “em nossas mãos”.

Mas, como ouvi recentemente, não se faz uma árvore crescer puxando ela pela copa. Uma árvore só cresce a partir das condições do terreno e da sua capacidade de crescimento dentro daquilo que ela é. E não me canso de aprender sobre esse processo, mesmo que minhas justificativas sejam mais “nobres” hoje em dia do que um dia foram.

Bom, sabemos que tudo isso é ruim para a pessoa que é alvo dessa tentativa de intervenção, mas eu quero falar da parte que nos cabe, porque é ruim para todas as pessoas envolvidas, mas, como a pessoa que, geralmente, está no lugar de querer mudar do que ser mudada, eu vim aqui trazer meu ponto de vista.

Esse processo me dói e me cansa. Cansa não só pela minha expectativa não ser atendida (confesso que isso é o de menos), é exaustivo esse lugar de falar com a pessoa sobre como a vida dela seria melhor se ela agisse de forma diferente. E é comum a gente querer o bem de quem está do nosso lado. Tem um altruísmo nesse processo, mas ele pode se misturar com muitas questões pessoais e se tornar um fardo para todos os envolvidos. 

Portanto, percebo que precisamos deixar muito claro para nós mesmas aquilo que queremos deixar entrar na nossa vida por meio de outra pessoa. A energia que ela traz não pode ser uma âncora nos processos já vividos e ‘curados’. Para ser leve, não basta um deixar de fazer qualquer tipo de apontamento, do outro lado precisa ter alguém aberto a receber o que chega e, juntos, encontrarem uma maneira de alinhar expectativa e realidade.

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Tem uma diferença muito grande entre querer que a pessoa seja outra e que ela valorize seu potencial. Talvez aí esteja meu erro: ver nas pessoas aquilo que nem elas mesmas veem nelas e cobrar isso. Realmente, esse processo vem e vai da minha vida, mas não quero nunca deixar de ver o melhor das pessoas e incentivá-las. O problema é que nem sempre acontece de acertar a mão. Me perdoo por isso. Só eu sei das minhas verdadeiras intenções e desejos. Nunca será da minha maneira. Parece óbvio, né?! Mas nem sempre o entendimento acompanha a compreensão. 

Seguimos elevando para outras oitavas nossos aprendizados.

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