Uma das maiores preocupações que vejo hoje entre mulheres é de como se preparar para o futuro. A tarefa de se organizar para a aposentadoria parece tão monstruosa, que sempre achamos uma desculpa para pensar nela em outro dia. “Amanhã, sem falta, eu faço isso”–quem nunca deixou isso para depois?
O problema é que no meio da nossa correria –e nós mulheres temos ainda menos tempo livre do que os homens, de acordo com várias pesquisas–, acabamos sempre encontrando algo mais urgente para tratar do que o planejamento para a aposentadoria. E é desse jeito que os meses vão passando e nada de você dar o pontapé inicial.
No entanto, fazer o plano para a sua aposentadoria não é um bicho de sete cabeças.
Veja aqui como você pode montar o seu planejamento hoje mesmo:
1. Foco na Previdência Privada
Nada de depender só do INSS! Para se preparar para a aposentadoria, a alternativa mais popular são os planos de previdência privados. Hoje em dia, é fácil comparar e escolher um plano. Por isso, faça uma pesquisa e escolha uma instituição bacana para investir o seu dinheiro.
2. PGBL ou VGBL?
Se você for olhar a sopa de letrinhas, a escolha é simples. Se você fizer a declaração completa de imposto de renda e tiver muitos dedutíveis, o plano para você é um PGBL. Nesse tipo de plano, você tem direito ao benefício fiscal: se você aplicar até 12% da sua renda anual bruta, você pode descontar o valor da base de cálculo do seu IR. Um exemplo: se você ganhar R$ 100 mil por ano brutos, pode investir R$ 12 mil por ano. Na hora do IR, sua base de cálculo não será mais R$ 100 mil, mas sim R$ 88 mil.
Já o VGBL é para quem faz a declaração simplificada, ou investe mais do que 12% da renda por ano. Nesse tipo de plano, não tem benefício fiscal –mas isso não quer dizer que não tem vantagens. No VGBL, você só paga IR sobre os rendimentos do plano, e não sobre o valor total investido.
3. Tabela progressiva ou regressiva?
Essa pergunta também é simples de resolver. Se você ganha até R$ 2.826,65 por mês, a tabela progressiva compensa mais para você. Se o seu salário for superior a esse nível, é melhor optar pela regressiva: a alíquota vai caindo conforme o tempo passa. Para investimentos de mais de 10 anos, a cobrança de IR será de apenas 10%.
4. Fique de olho nas taxas
Hoje em dia, está fácil de encontrar instituições que não cobrem taxa de carregamento nos planos de previdência. Por isso, fique de olho e tente negociar com a sua seguradora, caso ela cobre esse tipo de taxa. Já com relação às taxas de administração, você também precisa ficar alerta –ela não deve ser superior a 1,5% ao ano, a não ser que o fundo tenha um perfil mais agressivo e dependa de um excelente gestor para ter resultados.
5. Identifique o seu perfil de investidora
Aquela ideia de que os fundos de previdência não rendem muito ficou para trás. Atualmente, existem fundos com rentabilidade excelente –mas, para isso, eles devolvem um nível de risco maior. Por isso, peça ajuda da seguradora para identificar o seu perfil de risco, para garantir que você investe em um fundo que não irá encarar investimentos mais arriscados do que os que você está confortável, ok?
Se você quer saber mais sobre investimentos e aposentadoria, acesse o Finanças Femininas.