Dá para se sentir bem no meio de uma pandemia?
Ninguém esperava entrar em quarentena, mas ela é uma realidade. Será possível torná-la suportável com rituais de bem-estar? Divido esse desafio com você
Há algumas semanas, o coronavírus chegou ao Brasil e discussões necessárias (e geralmente esquecidas) sobre viver em comunidade vieram à tona. Eu me engajei principalmente nas conversas sobre o que os mais jovens e fora do grupo de risco poderiam fazer para minimizar a disseminação da doença. A resposta é: ficar em casa para diminuir aglomerações, inclusive nos serviços públicos, como o de transporte. Em poucos dias, grande parte de meus amigos e conhecidos entrava em modo home office. Mesmo as pessoas que
não haviam tido contato com o vírus nem tinham viajado recentemente deixavam de cumprir a programação do fm de semana para se resguardar.
Uma série de perfis no Instagram nasceram para ressignificar o “ficar em casa”, com ideias de atividades para as crianças, receitas e programas em família. Lembrei, então, de um livro que li tempos atrás, The Little Book of Hygge – The Danish Way to Live Well (“O pequeno livro de hygge – o estilo dinamarquês de viver bem”, em tradução livre), que explica o movimento dos países nórdicos de recolhimento e aconchego em casa, especialmente nos meses de inverno rigoroso. Há estudos que comprovam o aumento nos níveis de felicidade das pessoas que adotam esse estilo de vida. Tudo isso se cruzou na minha mente. De um lado, as notícias que nos assustam, mas que precisamos acompanhar. Do outro, o desafio de aprender as lições que esse cenário nos deixa.
Será possível enxergar um lado bom diante de uma pandemia que já vitimou tantos e que deve vitimar ainda mais? O quão inocente seria tentar encontrar algo de positivo em meio ao caos, que promete o colapso do sistema de saúde e da economia? Para mim, pessoalmente, é difícil ter esse olhar. Mas convido você para que, juntas, possamos fazer a nossa parte ficando em casa e, quem sabe, descobrindo uma nova relação com a solidão e a quietude, com a pressão por ser tão produtiva, com a saúde e com a doença. Até aqui tenho me apegado aos rituais de beleza e de bem-estar (que acredito estarem interligados em seus efeitos), aos livros que formavam uma longa fila há algum tempo, às tecnologias para entretenimento. Se nada der certo, então que cantemos nas janelas, assim como os italianos, até a tempestade acabar. Vem comigo?
COLEGAS DE QUARTO
1. Difusor elétrico, Océane, R$ 215
2. Esfoliante Crushed Cabernet, Caudalie, R$ 149
3. Livro Bodyfulness – Somatic Practices for Presence, Empowerment, and Waking Up in This Life (“Bodyfullness – práticas somáticas para presença, empoderamento e para acordar nessa vida”, em tradução livre), infelizmente ainda sem edição em português, na Amazon, R$ R$ 51,17 (versão Kindle)
4. Máscara Hidrogel para Área dos Olhos (com 30 pares), Mary Kay, R$ 169
5. Máscara de Argila Purifcante, Natura Chronos, R$ 149
6. Lip Balm Vegano de Rosas com Esqualano, Biossance, R$ 89