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Ana Claudia Paixão

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A jornalista Ana Claudia Paixão (@anaclaudia.paixao21) fala de filmes, séries e histórias de Hollywood
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“Insecure” e “And Just Like That” cultivam amizades femininas valiosas

A colunista Ana Claudia Paixão fala de como as produções retratam de formas particulares as trocas entre amigas

Por Ana Claudia Paixão
Atualizado em 12 nov 2021, 17h50 - Publicado em 12 nov 2021, 16h00
Issa Rae, Insecure Temporada 4, HBO
 (- HBO/Divulgação)
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Quem acompanha meu Instagram e as lives do GRAVANDO, aqui no Insta de CLAUDIA, sabe que sou quase que uma especialista em Sex and the City. Acompanhei a série enquanto estava no ar e morando em Nova York, quando ainda gravavam as últimas temporadas.

A carência de uma produção que trazia todos os perfis femininos encontrou alguns filhotes, como Girls e, nos últimos anos, Insecure, ambas da mesma HBO. Em dezembro, a plataforma ainda lança And Just Like That, o follow up da série original com Carrie Bradshaw, nossa colunista de sexo favorita. Assista ao trailer:

Ficar à sombra de um fenômeno nunca é fácil. Girls, que virou febre em seu tempo, foi apontada como uma versão mais jovem e realista, sem o glamour impossível dos guarda-roupas de Sex and the City. Enquanto a original focava em Manhattan, a outra ficava entre Queens e Brooklyn.

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Veja também: A segurança singular de Issa Rae, criadora da série Insecure

Já Insecure nos leva para a Califórnia e traz a inclusão, focando apenas nas vidas de quatro amigas negras. Criada por Issa Rae, que também a estrela, Insecure embarcou na sua última temporada, já nos deixando com muitas saudades.

As vidas de Issa, Molly, Keli e Tifanny não são tão privilegiadas como as de Carrie, Miranda, Samantha ou Charlotte, nem tanto em estágio iniciante com as de Hannah, Marnie, Tessa e Shoshanna. Esse meio termo as faz bem mais realistas que as duas outras, mas a dinâmica se mantém. Issa é Carrie/Hannah, Molly é Miranda/Marnie, Kelli é Samantha/Tessa e Tifanny seria mais Charlotte/Shoshanna.  Simplicando muito, tá?

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Já falei de Issa Rae e a origem de Insecure na minha coluna de CLAUDIA, ainda quero falar mais de Yvonne Orji, o grande destaque da série depois de Issa. Yvonne, filha de imigrantes nigerianos que foi para os Estados Unidos com 6 anos, é um dos melhores talentos cômicos revelados recentemente.

Linda, talentosa e inteligente, além de atriz é escritora e tem a complicada tarefa de ser o contraponto da showrunner, algo que poucos conseguem superar. A química entre as duas é inegável, bem parecida com a de Sarah Jessica Parker com Cynthia Nixon.

Mas hoje, por causa de um dos temas de Insecure – o estranhamento entre Molly e Issa depois da temporada 4 – me fez pensar nas minhas amigas e do quanto elas são importantes na minha vida. A pandemia e o isolamento não atrapalharam nossa ligação, mas pensei nas expectativas e decepções ocasionais, no afastamento e na reaproximação, tudo que “faz parte da vida”.

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No final das contas o clichê se comprova por que, quando há uma ligação genuína, as barreiras são superáveis, mesmo com distâncias de países e cidades, como às vezes acontece. A gente se conecta e se identifica com essas séries.

Insecure é a minha série feminina favorita dos últimos anos e, para mim, a verdadeira “herdeira” de “Sex in the City”. O texto sensível e apurado de Issa Rae, garantindo a inclusão de um elenco 100% de negros, tratando todas as questões atuais de relacionamento e preconceito contextualizadas com inteligência e humor.

Claro que tem a “fórmula das quatro amigas” que se completam, mas é a dinâmica entre Issa e Molly (Yvonne) que rende alguns dos melhores momentos da série, em especial por conta da atuação sensacional de Yvonne Orji, indicada merecidamente ao Emmy.

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Molly Carter é uma brilhante advogada que luta para crescer em um ambiente racista e machista, ao mesmo tempo que dá suas cabeçadas para encontrar o amor.

Ela e Issa, amigas de faculdade, se desentenderam na temporada passada e estão resgatando sua amizade agora no final. A vida pode colocar em cheque a ligação entre elas em diferentes momentos, mas a esperança está na vontade genuína de resolver as questões.

E aí voltamos à And Just Like That, que vai estrear em pouco mais de um mês na HBO Max. Aliás, vou avisando que vou mencionar um possível spoiler. Avisadas!

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Em uma série que defendia sororidade, foi duro descobrir que nos bastidores a realidade era outra. Notoriamente, a atriz Kim Cattral rompeu com Sarah Jessica Parker, lavando a roupa suja com posts no Twitter, onde chamou a ex-companheira de elenco de falsa e insensível.

As histórias das duas se desentendendo nos bastidores rolavam por anos, mas todo elenco negava a veracidade e parecia se apoiar. Kim, hoje, alega que era tudo fingimento e se recusou a retomar sua personagem mais famosa no reboot.

E essa decisão nos dá gatilho para ansiedade pois Samantha Jones era o sexo e a modernidade de Sex and the City (e merece uma coluna sobre ela!). Alguns fãs acionaram o pensamento de “nem vimos e já não gostamos” e ao longo dos meses criaram várias teorias para como vão lidar com a informação do afastamento de Samantha, desde sua morte até total esquecimento. A alternativa? Honestidade.

Isso mesmo, segundo consta, Carrie e Samantha terão brigado e rompido, depois de que a colunista a demite como sua assessora de imprensa. Ao decorrer da temporada, Carrie vai rever muitas atitudes e pensamentos sobre a amiga, de quem sente falta, deixando a porta aberta para uma volta na segunda (e quase garantida) temporada da série. Será?

É justamente o ponto atual de Insecure, é possível reatar uma amizade depois de uma briga tão feia? Samantha era a amiga mais autêntica de Carrie, sem julgamentos, sem cobranças. Ela dizia sempre a verdade, mas jamais deixou de apoiar incondicionalmente a colunista nas idas e vindas com Mr. Big, algo que Charlotte e Miranda não conseguiram fazer o tempo todo.

Uma abordagem interessante e que contribui, se precisasse de muito, para ansiar logo por dezembro e o trailer que já deve estar para sair. Afinal, mais do que o amor, a sororidade ainda é um dos principais desafios para muitas mulheres, é sempre bom ter esperança!

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