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4 tipos de madeiras americanas sustentáveis e pouco utilizadas

Graças a gestão ambiental realizada, a colheita dessas madeiras é realizada de maneira ecologicamente correta, socialmente benéfica e economicamente viável

Por Julyana Oliveira
11 nov 2023, 08h40

Matéria-prima das mais utilizadas mundo afora, a madeira possui inúmeras espécies. No Brasil, cedro, peroba e mogno estão entre as mais utilizadas na construção civil e no design.

Atento à alta demanda pelo material e às questões sustentáveis urgentes e atuais, o American Hardwood Export Council (AHEC), órgão fiscalizador e fomentador no setor de madeiras nos Estados Unidos, trabalha sua comunicação ao redor do globo para ampliar o conhecimento de profissionais da área em relação às madeiras subutilizadas e sustentáveis.

De acordo com um levantamento para avaliação do ciclo de vida dessas espécies feito pelo órgão, o carbono armazenado na madeira dura americana (do ponto de colheita a qualquer país do mundo) quase sempre excede as emissões de carbono associadas à extração, ao processamento e ao transporte. O AHEC trabalha então para fomentar a comercialização dessas madeiras de modo que o impacto ambiental seja o menor possível.

Abaixo, listamos quatro espécies sustentáveis de madeira e suas principais características. Conheça:

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1) Carvalho americano

Do volume florestal total dos Estados Unidos de madeiras duras, calculado em 14,6 bilhões m³, a espécie com maior volume plantado é o carvalho americano, cerca de 22%. Ela subdivide-se em duas categorias: vermelho e branco. O carvalho é uma madeira amplamente utilizada na fabricação de móveis e na construção, e seu uso ainda se estende à produção de bebidas alcoólicas.

  • Carvalho vermelho

Suas características físicas são marcadas pela boa resistência ao peso, o que a faz boa para fabricação de móveis, pisos, armários de cozinha e demais aplicações de carpintaria para áreas internas e, além disso, apresenta um bom desempenho para uso em construção. É, sobretudo, uma espécie-chave em muitos mercados de exportação para fabricação.

Kroon Hall
O edifício apresenta escadas e paredes internas de carvalho vermelho extraídas da própria floresta de Yale e manejadas de forma sustentável (Kroon Hall/Divulgação)

Kroon HallA Yale School of Forestry & Environmental Studies se uniu ao escritório de arquitetura Hopkins Architects para reformarem a estrutura do campus Kroon Hall, com o objetivo de construir um dos prédios mais ecológicos do mundo. O edifício apresenta escadas e paredes internas de carvalho vermelho extraídas da própria floresta de Yale e manejadas de forma sustentável.

  • Carvalho branco

Assim como a versão vermelha, o carvalho branco também é utilizado para móveis, pisos e armários, mas, para além disso, sua utilização é bastante explorada em vigas estruturais laminadas com cola, também chamadas de glulam, e outras aplicações especializadas.

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Warner Stand: O escritório de arquitetura Populous foi o responsável por projetar o novo Warner Stand, em Londres. O projeto realizado em parceria com o escritório Arup, possui telhado formado por 11 vigas de carvalho branco americano laminados com cola. O carvalho europeu foi considerado para o espaço, mas o carvalho branco americano possui melhor classificação e um acabamento limpo em móveis. É relativamente denso também, por isso tem propriedades de resistência e rigidez muito boas, permitindo reduzir o tamanho das vigas, o que foi importante arquitetonicamente.

2) Nogueira Americana

Com crescimento majoritariamente na região central dos Estados Unidos, a nogueira americana é uma das espécies mais procuradas nos mercados em todo o mundo e é exclusiva da América do Norte. Essa espécie, em específico, apresenta como característica a dureza, o que a faz um material nobre para fabricação de mobiliário de alta qualidade.

Coleção OVO por Foster + Partners e Bechmark Furniture
Desenhada pela Foster + Partners, em parceria com a Benchmark Furniture, a coleção de móveis OVO teve como base a nogueira americana (Bechmark Furniture/Divulgação)

OVO: Desenhada pela Foster + Partners, em parceria com a Benchmark Furniture, a coleção de móveis OVO teve como base a nogueira americana e traz detalhes que misturam a tradição milenar de artesanato em objetos do cotidiano, combinando durabilidade e forte materialidade para criar uma gama de móveis excepcionalmente táteis. A coleção conta com detalhes ergonômicos que eliminam pontos de pressão desconfortáveis e trazem ainda mais suavidade ao design das peças.

3) Bordo Americano

O bordo americano é outra espécie de madeira bastante popular nos Estados Unidos. A utilização dessa madeira contempla de produtos alimentícios, como o popular xarope de bordo, o Maple Syrup, a mobiliários e pisos que suportam alto tráfego. No ranking de maior densidade florestal, o bordo sucede o carvalho, e representa cerca de 17,6% de todo o volume de madeiras duras americanas.

Também dividido em duas categorias, o bordo macio é uma espécie altamente sustentável e amplamente utilizada para mobiliários e objetos esculpidos, devido a sua maleabilidade para torneamento. Já a variação bordo duro, matéria-prima para o xarope, é uma alternativa para todos os tipos de pisos, móveis e marcenaria de alta qualidade.

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4) Cerejeira

A madeira de cerejeira apresenta tons quentes com excelente potencial para acabamentos. Sua utilização é mais indicada para mobiliário, instrumentos musicais, interiores de barcos de luxo, painéis, portas e outras aplicações que requeiram uma resistência média a estresse mecânico. É recomendada para pisos onde o tráfego de pessoas não seja tão intenso, como quartos, ou em culturas onde os sapatos não são usados dentro das casas.

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Bourke Street Bakery: A fim de trazer uma atmosfera aconchegante, o co-fundador e padeiro Paul Allen escolheu Nova York para abrir a primeira Bourke Street Bakery fora da Austrália. Localizado no distrito NoMad, em Manhattan, a GRT Architects foi incumbida da tarefa de criar um espaço que lembrasse a matriz australiana.

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Como destaque, o revestimento do café, assim como os móveis, foram feitos de cerejeira americana, resultando em mais conforto. “Selecionamos a cerejeira pelas variações naturais de cores inerentes à madeira”, contaram os arquitetos.

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