Start-up afroempreendedora busca financiamento coletivo
Doações ajudarão a custear a manutenção da empresa Diaspora Black em um programa de aceleração empresarial em São Paulo
De acordo com uma pesquisa da Universidade Harvard, os negros têm 16% menos chances de serem aceitos ou de receberem hóspedes via plataforma de turismo de experiência. Essa exclusão vem das próprias plataformas de hospedagem, que restringem anúncios vindo de pessoas negras.
Pensando em mudar essa realidade, a Diaspora.Black, composta pelo designer André Ribeiro, o jornalista Antonio Luz e o idealizador da rede Carlos Humberto, é uma plataforma criativa de interessados na cultura negra. A start-up, que é focada em viagens, disponibiliza alojamentos e hotéis somente direcionados ao conteúdo afro.
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Ao se cadastrar, o usuário escolhe a data de entrada, saída e o local, tornando-se parte de uma rede global de viajantes que compartilham seus espaços e experiências. É possível também se cadastrar como o próprio anfitrião, publicando o anúncio da sua hospedagem na plataforma.
Afim de expandir ainda mais essa rede, a Diaspora foi escolhida para fazer parte da primeira turma no programa de aceleração empresarial promovida em São Paulo pelo Facebook e pela Artemísia – organização sem fins lucrativos guiada para potencializar uma nova geração de negócios e pioneira no apoio a projetos de impacto social no país.
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Para participar do programa de aceleração da Artemísia em São Paulo, a organização precisará de, inicialmente, R$ 35 mil. Ao todo, durante os seis meses de curso oferecido, o total esperado para arrecadação é de R$ 58,6 mil para cobrir toda a alimentação, hospedagem, alojamento e transporte.
“Participar desse programa abre uma oportunidade única de visibilidade, qualificação e investimento para todo o mercado afroempreendedor”, afirma Carlos Humberto.
É possível contribuir através da Catarse, plataforma de financiamento coletivo onde a empresa disponibilizou a “vaquinha virtual”
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