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Plataforma ajuda pacientes de câncer de mama a se reinserir no mercado

Casos de câncer de mama em jovens até 35 anos quase dobraram desde 2020. Além das sequelas na saúde, a doença também afeta a vida profissional das pacientes

Por Da redação
27 out 2022, 15h28
Cerca de 36% das pacientes de câncer de mama têm dificuldade para se recolocar no mercado de trabalho.
Cerca de 36% das pacientes de câncer de mama têm dificuldade para se recolocar no mercado de trabalho.  (Reprodução/Reprodução)
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Cada vez mais mulheres em idade ativa são diagnosticadas com câncer de mama. A incidência e a mortalidade pela doença crescem progressivamente a partir dos 40 anos, com maior probabilidade de acometer mulheres a partir dos 50 anos, mas um dado da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) mostra que o número de casos em jovens até 35 anos quase dobrou desde 2020. Além das sequelas físicas e emocionais, a doença deixa um lastro também na vida profissional das pacientes: dados do Coronel Institute of Occupational Health, na Holanda, apontam que 36% das mulheres curadas não conseguem se recolocar no mercado de trabalho

Para ajudar a mudar esse cenário, o Instituto Quimioterapia e Beleza – IQeB lançou, com apoio da Tokio Marine, o projeto Abre Portas, plataforma que conecta pacientes oncológicos e empresas contratantes. Para Diana Vilas Boas, Psicóloga e Diretora de Relações Humanas do IQeB, que lidera o projeto, o mercado ainda é preconceituoso e tem pouco conhecimento sobre o câncer e até mesmo sobre as condições, habilidades e potencial de uma pessoa que recebeu o diagnóstico da doença e já se curou. “Após superarem a doença, surgem as dúvidas: como voltar ao trabalho? Como fazer currículos tendo se afastado do emprego, ou como se preparar para entrevistas de regresso ao mercado de trabalho?”, diz.

Além de ter uma vitrine de exposição de suas habilidades e trajetórias profissionais, as mulheres têm acesso a cursos e treinamentos gratuitos. E aquelas que precisarem de apoio e orientação para potencializar seu currículo, contarão com pessoas para ajudá-las.

De acordo com dados do IQeB, cerca de 70% das mulheres relataram necessidade de um novo emprego ou interesse em uma nova profissão após terem interrompido a carreira devido ao tratamento da doença. Para dar apoio a essas pacientes, a Abre Portas atua com objetivo de orientar, capacitar e oferecer oportunidades em empresas e em suas vagas abertas: na plataforma digital, as pacientes criam um perfil no qual publicam seu currículo e empresas cadastradas podem entrar em contato com elas.  “A iniciativa reforça a importância do apoio para que pacientes recuperadas deem continuidade às suas histórias de vida e jornadas profissionais. Nesse sentido, a sensibilidade das empresas é muito importante no momento de volta ao mercado de trabalho destas pessoas”, afirma Deborah Duarte, presidente do IQeB.

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