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Karnal explica como lidar com a demissão de forma sábia

Professor dá dicas de como transformar a demissão em uma oportunidade de crescimento interior

Por Da Redação
7 Maio 2018, 20h09
 (Thinkstock/Reprodução)
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O senso comum nos diz que, em frente a situações ruins, devemos pensar positivo. Porém, nem sempre esse viés pode trazer as respostas que precisamos, de acordo com o historiador e professor da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) Leandro Karnal, em entrevista a Exame.com. Para ele, os conceitos da autoajuda giram em torno de situações pouco realistas, sendo que o fracasso e o acerto não dependem só de quem está dentro da situação.

Mas é claro que reconhecer as consequências das circunstâncias do desemprego, por exemplo, não quer dizer que você não tenha responsabilidade: o ponto é que é uma questão além do individual. “O profissional dispensado não deve se sentir um “perdedor”, até porque se colocar nessa posição só funciona como pretexto para se acomodar”, diz Karnal.

O que se pode fazer nesse momento complicado é refletir sobre seus erros e mudar suas atitudes a partir daí. Mas afinal, de onde surgiu essa ideia de que o ser-humano é o único culpado por seus fracassos? Leandro afirma que isso nasceu de um pensamento liberal, e até mesmo meritocrático. “Tem uma dose de maldade. É como se todo mundo que está mal tivesse optado por estar mal, e que todos podem estar bem — basta querer”, conta. Podemos ver esse conceito em prática na sociedade atual, onde é dito que a pobreza é para quem não gosta de trabalhar (ou não se esforçou o suficiente).

Aplicando essas ideias no mundo profissional, quando a terrível demissão bate na porta, é natural o que o desempregado se sinta incapaz. Já outros, culpam único e exclusivamente a crise econômica, se isentando de qualquer responsabilidade.

Karnal aponta que esses pensamentos ocorrem, mas o que importa é o depois, pois o ato de se culpar acaba tornando o indivíduo inerte. “É paralisante se sentir um ‘lixo’ porque no fundo isso é um recurso psíquico para não agir. É uma forma de defesa, de preguiça, como se você dissesse: ‘Não dá, eu sou um fracassado mesmo, não preciso fazer mais nada'”, reflete. 

Já quando o profissional culpa as coisas externas (a crise econômica, ou que é uma perseguição, um karma), isso também o coloca em uma zona de conforto. “Você diz, na prática, que não é gestor da sua vida.”

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Como resolver esse problema?

A solução é entender, infelizmente, que uma parte da sua vida pode sim dar errado. “A morte chegará. As pessoas que eu amo podem desaparecer. Posso perder o emprego. Posso ser uma pessoa ruim. A existência tem sempre uma dimensão trágica. Tristeza não é um problema, não é algo excepcional”, explica.

É preciso entender a si mesmo e sair da inércia de se conformar com essas situações, bem como fugir delas. Deve-se usar a tristeza do fracasso para sair dele. “O problema é que a ‘geração Facebook’ acha que a vida só é plena se você pode publicar fotos felizes. Na verdade, a felicidade engorda. A tristeza faz você se movimentar”, conclui.

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