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Referência no mercado de consultoria de imagem, Rachel Jordan é especialista em comportamento profissional e atua como consultora, mentora e palestrante para empresas e pessoas que desejam desenvolver suas habilidades emocionais e alavancar a carreira. Co-autora do Livro À Sua Moda – 4Talks, Rachel também ministra cursos e workshops na área
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Até onde vamos em busca de jovialidade e beleza?

Para muitas mulheres o passar dos anos se tornou sinônimo de sofrimento e, por que não dizer, de dor?

Por Rachel Jordan
Atualizado em 12 mar 2021, 15h57 - Publicado em 11 mar 2021, 15h00

Diariamente defendo a ideia de que todas as pessoas, especialmente nós, mulheres, têm direito à liberdade de escolha em todas as esferas das nossas vidas. E, principalmente no que se refere ao nosso corpo, mais do que nunca, somos livres para optar pelo que queremos ou não fazer.

Por isso, deixo claro que esse artigo não tem a proposta de ser uma crítica, e sim uma reflexão sobre as escolhas que estamos fazendo no que refere ao nosso direito de envelhecer livres ou não da ditadura da beleza e da eterna juventude.

Não há dúvidas de que todas nós desejamos estar bem cuidadas, atraentes e bonitas. E não há nada de errado nesse comportamento, muito pelo contrário. O meu questionamento é: até onde vamos nessa busca desenfreada pela eterna juventude e beleza?

O grande paradoxo é que cada vez mais lutamos pela longevidade; mas, ao mesmo tempo, tememos o envelhecimento, temos dificuldade de aceitar as marcas que o tempo imprime aos nossos rosto e corpo. Quando vamos entender que essa é uma luta inglória?

É claro que também gosto de desfrutar de uma aparência jovial e de um corpo bacana. O problema não é esse. A questão é que, para muitas mulheres o passar dos anos se tornou sinônimo de sofrimento e, por que não dizer, de dor? A dor de se olhar no espelho e não aceitar a imagem que vê refletida. Quem decretou que uma mulher madura, com rugas e com o corpo fora do padrão estabelecido, não é interessante e bonita?

Diferentemente de outras culturas, em que atributos como inteligência, cultura, conhecimento e experiência são considerados mais importantes, no Brasil vivemos a ditadura da beleza e da eterna juventude a qualquer preço. Não à toa estamos entre os países que mais realizam procedimentos estéticos e cirurgias plásticas no mundo. Vivemos a era da não aceitação das nossas marcas, que nada mais são do que a nossa história de vida.

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E o mais surpreendente é que essa “tortura do bem” vem atingindo não só as mulheres mais maduras. É cada vez maior o número de jovens que não se aceita com suas diferenças e que são estimuladas a conter o envelhecimento no auge da juventude. Mais uma vez acredito que, como tudo na vida, é preciso ter bom senso e equilíbrio.

Eu mesma sou entusiasta de todos os avanços que ajudam a elevar a autoestima da mulher para que ela possa se sentir melhor dentro da própria pele. Nada contra os procedimentos estéticos que, de diferentes formas, nos dão mais segurança e, supostamente, nos colocam novamente no jogo. Digo supostamente por que, por melhores que sejam, eles não têm o poder de apagar todas as marcas que o tempo provoca.

No entanto, defendo que não podemos nos tornar reféns dessa dinâmica e achar que somos capazes de driblar o tempo. Quando estamos inseguras e insatisfeitas com o que somos, nos tornamos presas fáceis da indústria da beleza e muitas vezes pagamos um preço muito alto, e não estou falando apenas de valor financeiro, para tentar frear as marcas que vamos adquirindo com o passar dos anos.

Estamos nos tornando um país no qual muitas mulheres parecem ter o mesmo padrão de beleza, com rostos moldados na mesma fôrma. Não adianta querer ter o rosto de uma mulher de 30 anos quando seu corpo e sua história revelam outra idade. Aprenda a valorizar as suas qualidades, a pessoa que você é aos 20, 30, 40 ou 50+.

Abaixo algumas reflexões e orientações que podem ajudar nessa luta que travamos todos os dias.

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Armadilha – Não caia na armadilha de que você só terá valor se estampar um rosto jovial e um corpo perfeito. Que tal reverter esse padrão? Lute pelo direito de ser quem você é, com suas marcas e imperfeições. Nada impede que você se cuide. Pelo contrário. Mas lembre-se de que não existem fórmulas milagrosas contra o tempo.

Cuidados – Ao optar por fazer alguns procedimentos estéticos ou cirúrgicos, tome todos os cuidados necessários. Certifique-se de que está nas mãos de um profissional sério. Infelizmente, todos os dias nos deparamos com notícias sobre mulheres que perdem suas vidas em busca da juventude ou do corpo perfeito.

Sinais de alerta – Não permita que o desejo de parecer mais jovem e bonita transforme você numa pessoa infeliz e frustrada. De acordo com especialistas, essa busca desenfreada pode causar depressão, estresse, baixa autoestima e problemas financeiros. Fique atenta para não perder o controle sobre as suas escolhas.

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