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Por Ana Carolina Coelho. Feminista, mãe, escritora, poeta, dançarina, plantadora de árvores, pesquisadora e professora universitária
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Festejar o Natal em tempos de pandemia

A vida adulta já nos castigou o suficiente em 2020. Festejar o Natal é um ato de coragem e resistência

Por Ana Carolina Coelho
22 dez 2020, 14h00

Há uma espécie de tradição na cultura brasileira de realizar uma retrospectiva da vida quando as festividades natalinas se aproximam. Quer seja por vontade de melhorar, ou apenas para rememorar pedaços de dias que o passado insiste em se apoderar de alguma maneira no final de cada ciclo, olhamos para trás para tentar enxergar ou adivinhar nossos próximos passos.

Este ano eu, honestamente, quis muito pular essa parte pela primeira vez em muito tempo. As comemorações alegres de final de ano, hoje, misturam-se com preces, tristezas e um mundo ferido. Eu queria sumir e o cansaço do final do semestre só acirrava essa vontade dentro de mim. Só que ter crianças em casa é uma revolução. Ser mãe é apreender uma forma diferente de ver o mundo que te confronta com o espelho da Vida e te obriga a dar os passos adiante. Crianças são andarilhas do viver e, sem nenhuma intenção, educadoras do esperançar.

Nesses últimos dias eu recebi várias encomendas e, toda vez que ia abrir o portão, o medo me fazia ser educada, mas distante – máscara, distanciamento, doenças, mortes – tudo se revelava em meu corpo afastado. Inesperada como um furacão, a minha bela luz da manhã chegava rompendo essa geleira: minha pequena sombra/professora de 3 anos vinha correndo até o portão e iniciava uma animada conversa com TODAS as pessoas. Ela sorria, falava e demonstrava uma felicidade no encontro que verdadeiramente me emocionou.

Em todas as vezes ela disse que o Papai Noel estava chegando e ele era muito legal e emendava dizendo que a “bruxa” – uma querida comerciante local de Goiânia, a Kamilla Borges, que montou uma cesta de produtos naturais de guloseimas no Halloween e trouxe em um caldeirão super divertido – tinha trazido chocolate e bala de coco. Aparentemente, descobri nesses dias de dezembro, que bruxas boazinhas e Papai Noel são muito legais e, que minha filha pequena está ansiosa pela visita de mais uma pessoa amiga em nossa casa.

Acredito que estamos, coletivamente, com saudades dessas pessoas queridas, de visitas e de encontros. E eu, que queria sumir e chorar, decidi montar a decoração de Natal – que confesso AMAR com uma intensa paixão infantil – e trazer o que puder da magia da união das festividades de final de ano para nosso lar.

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A vida adulta já nos castigou o suficiente em 2020. A aspereza dos dias permanece e eu, como professora de História, não considero festejar – obviamente de maneira segura e com o cumprimento de todas as orientações sanitárias mundiais – um alheamento do que estamos vivendo, em termos planetários: considero um ato de coragem e resistência. É preciso que estejamos em constante afeto para que tenhamos forças para (re)existir.

Mães sabem que amar é um sentimento que só funciona em “um fazer” que se refaz a cada dia em pequenas coisas que compõem o impetuoso ato de viver. Eu, neste Natal, quero descansar nos sorrisos das minhas filhas; quero caminhar por suas risadas e repousar em suas narrativas fantásticas sobre o mundo. Por isso, com toda bravura, eu desejo a todas as pessoas que estão lendo essa crônica, em especial às mães: encontrem suas formas de felicidade neste Natal e se cuidem, por favor!

Vamos conversar? Se quiser entrar em contato comigo, Ana Carolina Coelho, mande um e-mail para: ana.cronicasdemae@gmail.com  Instagram: @anacarolinacoelho79 . Será uma honra te conhecer!

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