‘Transgredir’ é a palavra da vez entre as mulheres

No final de A Força do Querer, a personagem Cibele se casa consigo mesma. Na vida real, a italiana Laura Mesi (40 anos) comprou vestido, buquê, bolo e chamou 70 amigos. Só não tinha o noivo. No início do ano foi à vez da professora Josi Manhães (36 anos), traída pelo marido dois meses após seu verdadeiro casamento, pedir o divórcio e fazer ensaio sensual, usando o antigo vestido de noiva – agora todo pichado – para barbarizar. Bombou nas redes.

A auto-boda ou sologamia confirma nosso papel de protagonista. Nos masturbamos, casamos conosco mesmas, somos barrigas de aluguel de outras fêmeas, mandamos cada vez mais em nossos quereres.

Eu fiz umas fotos erotizadas. Cruzei as pernas feito Sharon Stone, deixei o sutiã à mostra, fiz beicinho de Marilyn Monroe e olhar 43. Tudo obra da fotógrafa Patricia Prado. Não é que gostei?

Mulher ousada, carente, louca pela mídia, seja lá como for, mas, sobretudo mulheres de atitude. Transgredir tem sido a palavra da vez e entre as 50+, batemos ponto. Temos nosso lado panfletário. Cansadas de sermos taxadas de meia idade, ladeira abaixo, pré-baranga, queremos comício para anunciar que o Tinder nos libertou do toco, de não conseguir o primeiro encontro (podemos ter vários); malhamos braço, pernas, tanquinho – antes de tudo – para nos adorarmos no espelho e depois, fazer pole dance pra ele. Ou pra ela. Podemos tudo. Então, levanta desta cadeira e diga SIM!