2020 começou. Foi dada a largada para a temporada de quereres e desejos. E você, mulher madura, vai ficar se sabotando por migalhas? Sinto um apequenar nas vontades maduras. Como se não pudéssemos mais possuir, desbundar, guerrear, cantar vitória. É aquele sentimento de culpa com vergonha do que não deu certo. E nesse equilíbrio de restos, vamos achando o razoável bom; o cinza quase perfeito e o estragado, doce. Louco né?
Urge vigiar, perceber, cuidar. Nosso radar precisa ser composto de coração e cérebro, numa alquimia pré-Alzheimer, deslembrando os gatilhos que nos reduzem e ampliando nossa potência duradoura. Como o Carnaval não tarda a chegar, coloca a culpa em Momo. Dá uma ousada e queime seus sutiãs limitadores, corte pela raiz suas amarras repressivas e confia no seu taco. Vai dar certo. Vai com tudo. Com fé, com bruxaria, com purpurina, com açúcar. Não há mais tempo a perder com desculpas limitadoras e crenças reducionistas.
Nosso tempo é hoje, mais precisamente agora. Ao ler essas palavras, crie uma gaiatice pra você. Tem que ser agora. Já! O que me diz de tirar o atraso? Ou correr com lobos? Simplesmente permita-se. Está sentindo o vento no rosto? Um leve tremor nas pernas? Morde os lábios. Desgrenha os cabelos. Se quiser, rasga a roupa e exiba-se mesmo que a plateia seja composta apenas por você. Se enxerga! No melhor sentido da expressão. E nesta ode ao novo, areie a carcaça e manda ver. Velho, como diz minha amiga juíza, são os outros e no frescor dos seus 50+, a cabrocha vai abrindo caminho para si mesma e rodando a baiana com vontade. O ano bom vai servir de abre-alas para uma nova festa interior. Bora?
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