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Skincare íntimo: será que os cuidados de beleza foram longe demais?

Uma nova classe de produtos promete dar atenção às áreas que vivem escondidas sob a roupa

Por Isabella Marinelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 25 abr 2023, 13h02 - Publicado em 14 abr 2020, 20h00

Até quem não é familiarizada com o universo da beleza já cruzou, em algum momento, com dicas de cuidado com a pele. Entre 2017 e 2018, as buscas por “skincare” cresceram mais de 20% no Google e 71% no YouTube. As mais apaixonadas já têm intimidade com uma série de produtos. São géis, cremes, essências, séruns com funções de hidratação, nutrição, renegeração e antienvelhecimento para o rosto e o corpo. Mas, se essa longa lista parece bastar, aí mora o engano. A bola da vez está em uma categoria que só cresce fora do Brasil e promete chegar por aqui em breve. Pode ser que um vidrinho específico para skincare íntimo vá morar na sua prateleira.

Sentimos perfume de polêmica na tendência. Os sabonetes íntimos, bem mais comuns, estão longe de ser unanimidade. “A vagina não precisa ser lavada, pois mantém uma fora de bactérias que ajuda a manter o pH correto e a protegê-la da proliferação de bactérias ruins”, explica a ginecologista Karina Tafner, de São Paulo. Segundo a médica, vários fatores externos, como o uso de produtos cosméticos e até lubrificantes, podem predispor a infecções.

saude
(Getty Images/CLAUDIA)

Antes de tudo, vamos tentar colocar os pingos nos is. “A vagina é o canal que se estende desde sua abertura externa, na vulva, até o colo do útero, por onde o fluxo menstrual passa. Já a vulva refere-se às porções externas na entrada da vagina, que incluem os lábios vaginais internos e externos, o clitóris, o monte pubiano e a uretra. Essa área externa, sim, precisa de cuidados de higiene a fim de eliminar resíduos de suor, corrimento e urina”, explica a especialista. Se quiser usar sabonete, escolha um neutro, hipoalergênico, sem cor nem perfume. Cuidado com exageros e invenções mirabolantes, pois há risco de desenvolver problemas como dermatite de contato. “Não podemos esquecer que a vagina possui um odor natural e característico. Ainda que algumas mulheres se incomodem com isso, não significa, necessariamente, que há infecção. A limpeza excessiva não altera o cheiro da vagina e ainda pode piorar a saúde íntima”, elucida Karina.

Os fabricantes das novidades do mercado, contudo, garantem que as criações são dermatologicamente testadas e seguem orientações médicas quanto ao pH, uso de ingredientes não irritantes e seguros. No Brasil, as opções ainda são escassas. Quem quer cuidar da estética íntima, por enquanto, acaba recorrendo aos procedimentos feitos em consultórios de dermatologia e cirurgia plástica.

SERVIÇO COMPLETO
É vasto o cardápio de cosméticos de uso íntimo nos Estados Unidos. Se você conserva os pelos pubianos, pode condicioná-los com o Fur Oil, da Fur (@fur_you), que combina azeite de jojoba, uva e melaleuca. Ele promete maleabilidade e tem efeito antibactericida. Caso o foco seja na pele, um dos mais famosos é VV Cream, da marca Perfect V (@theperfectv), que promete hidratar entre as depilações e esfoliar levemente para impedir que os folículos da região encravem. Ficou animada com a proposta?

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Dá para completar a linha de tratamento com o gel de limpeza, o esfoliante intenso, a água de beleza, o sérum, o iluminador (isso mesmo) e as máscaras em folha de algodão. Uma rotina de skincare completíssima. Se busca algo mais prático, há o Feminine Lips Stick, da V’magic (@thevmagic). O bálsamo em bastão (um batom, como o nome diz) recupera a umectação natural dos lábios vulvares por meio de uma combinação de ingredientes naturais, como óleo de avocado e cera de abelha.

fruta vagina
(Getty Images/CLAUDIA)

EM CONSULTÓRIO
Ainda não existem tantas opções de cosméticos de uso tópico no Brasil. Quem se incomoda com a aparência da região íntima tem recorrido a tratamentos profissionais. “Perda da libido, flacidez ou escurecimento da região íntima, manchas ou foliculite após depilação e escape de urina são algumas das queixas mais frequentes em consultório”, explica a dermatologista Natasha Crepaldi, de Cuiabá. As reclamações são resultado de fatores diversos, desde o hábito de remoção dos pelos até o pós-parto ou o próprio envelhecimento. Os padrões de beleza são tão massacrantes que a maioria das mulheres chega com baixa autoestima e dificuldades de manter uma vida sexual satisfatória com os parceiros ou parceiras. Quem não sofre com questões funcionais em geral se queixa da falta de harmonia ou de proporção dos lábios ou mesmo da coloração. São muitas as possibilidades de soluções e os tratamentos precisam de acompanhamento médico adequado, às vezes associado à fisioterapia pélvica ou ao pompoarismo. “Também é essencial ter uma orientação de rotina com a ginecologista para conversar sobre os cuidados com a vagina”, explica a médica.

saude intima
(Getty Images/CLAUDIA)

POR DENTRO E POR FORA

LASER
Reduz manchas de pigmentação na virilha, como as decorrentes da depilação. Também melhora a flacidez dos grandes lábios.

RADIOFREQUÊNCIA
Feita no canal vaginal, melhora a função da mucosa local, aumentando a lubrificação e a sensibilidade da região. Exige mais de uma sessão.

PEELING ÍNTIMO
Aplicado na parte externa, elimina as células mortas por meio de uma combinação de ácidos. Renova e uniformiza a pele.

ELETROESTIMULAÇÃO
Fortalece a musculatura do assoalho pélvico. Ainda ajuda na lubrificação e evita a “bexiga baixa”, que causa incontinência urinária.

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