Ginástica facial funciona? Especialista responde
Ginástica facial promete prevenir e até amenizar rugas, mas cuidado: ela pode ter o efeito contrário
Você certamente já se deparou com diversas opções de ginástica facial para aumentar a tonificação da pele e evitar as rugas, mas, afinal, será que elas realmente funcionam? Para acabar de vez com as dúvidas, conversamos com a dermatologista Cláudia Sandri, que te conta em detalhes o que realmente faz a diferença para o tônus facial.
“O rosto é formado por diversas estruturas que são muito importantes quando pensamos no envelhecimento facial. Ele, assim como o corpo, possui uma camada muscular. Porém, a hipertrofia da musculatura do rosto não leva à melhora da pele como ocorre com as demais regiões”, explica.
Por que a ginástica facial não funciona?
No caso da face, o que realmente mantem tudo “no lugar” é uma boa estrutura óssea e os ligamentos que sustentam a pele. “Os exercícios faciais não contribuem para o fortalecimento destes ligamentos. Além disso, com o passar dos anos temos deslocamento dos coxins de gordura do rosto para baixo. Sem falar na camada de colágeno, que fica totalmente desestruturada”, completa.
Indo além, a dermatologista garante que além de não trazer benefícios, a ginástica facial ainda pode ser prejudicial. “Em alguns casos, ela pode causar o aumento das rugas de algumas regiões. Por exemplo: fazendo exercícios repetitivos de movimentar a testa para cima (fazer cara de espanto), você pode aumentar as rugas no músculo frontal, ou seja, na testa. Da mesma forma, ao tentar exercitar o músculo da boca, podemos causar ou até piorar as rugas do código de barras. Pode também ocorrer piora da ruga entre as sobrancelhas, local chamado de glabela, e das rugas ao redor dos olhos, os famosos pés de galinha”, adverte.
O que fazer?
Segundo a especialista, o que realmente funciona para aumentar a firmeza da pele e prevenir ou amenizar as rugas é tratar o rosto em camadas. “O tratamento com bioestimuladores de colágeno ajuda a manter a pele sem flacidez, estimulando a produção pelo próprio organismo. A aplicação de equipamentos como ultrassom microfocado também ajuda a tratar a flacidez muscular e dos ligamentos, e o preenchimento com ácido hialurônico em pontos estratégicos”, finaliza.