Ela revolucionou a beleza: Bruna Tavares é finalista do Prêmio CLAUDIA 2025
De jornalista a magnata da beleza, Bruna Tavares é finalista na categoria "Empreendedorismo e Negócios" do Prêmio CLAUDIA 2025
Não é preciso ser nenhum obcecado por beleza para saber quem é Bruna Tavares. Jornalista de formação, influenciadora pioneira no Brasil e empresária à frente da BT Beauty, ela se tornou uma referência absoluta no mercado nacional.
Com uma carreira que começou em 2009, quando fundou o blog Pausa para Feminices, Bruna construiu autoridade ao democratizar o conhecimento sobre maquiagem com uma linguagem acessível e autêntica, muito antes do boom das redes sociais.
Em 2016, ela transformou esse capital digital em um negócio concreto, lançando a linha BT, que hoje se destaca pela inovação nas fórmulas (como a flor de Edelweiss no BT ICE), pelas maquiagens que viralizaram (como o efeito vinil do BT Vinil) e, principalmente, pela representatividade com a base BT Skin, lançada em 2020 com 30 tonalidades para diferentes subtons, incluindo variações para peles negras.
Tudo o que fez é motivo de honra e, por isso, Bruna Tavares é uma das finalistas na categoria “Empreendedorismo e Negócio” do Prêmio CLAUDIA 2025.
Abaixo, confira o nosso bate-papo com a empresária, que falou sobre a importância de seu passado, os desafios que enfrenta no presente e sua visão para o futuro.
CLAUDIA: Você começou em 2009, quando o digital não tinha força como hoje. Que memórias você tem daquele começo e o que te movia a criar conteúdo sobre beleza já naquela época?
BT: Tenho um carinho enorme por aquele começo. Em 2009, não existia a figura da influenciadora como conhecemos hoje. O que existia era paixão e curiosidade. Eu era jornalista, estudava beleza com profundidade e via a maquiagem como extensão da minha identidade e autoestima. O que me movia era o desejo de compartilhar conhecimento. Eu queria democratizar informação, explicar detalhes técnicos e ajudar outras mulheres a se sentirem incluídas. Esse impulso genuíno de troca sempre guiou meu trabalho, mesmo antes de existir qualquer estrutura profissional nesse universo.
CLAUDIA: O Pausa para Feminices se tornou referência muito cedo. Em que momento você percebeu que seu trabalho tinha virado uma comunidade?
BT: Percebi quando o conteúdo deixou de ser sobre mim e passou a ser sobre nós. As leitoras se conectavam entre si, compartilhavam experiências, criavam vínculos. Havia diálogo e pertencimento. Também percebi quando comecei a receber mensagens contando que eu tinha ajudado alguém a se maquiar, a se olhar com mais carinho, a entender melhor sua pele. Ali, ficou claro que o Pausa era mais que um blog. Era um espaço de acolhimento e construção coletiva.
CLAUDIA: Como você enxerga a responsabilidade de ter sido uma das primeiras grandes vozes femininas da beleza digital no Brasil?
BT: Enxergo com gratidão e responsabilidade. Ser uma das primeiras mulheres a ocupar esse espaço significa ter ajudado a abrir caminho para muitas outras. É uma responsabilidade que vai além dos números. Meu compromisso está em manter coerência, ética e profundidade. Em entregar informação confiável, incentivar conversas sobre autoestima, diversidade e profissionalização, e valorizar a beleza brasileira dentro e fora do país.
CLAUDIA: Ser uma mulher liderando um dos maiores cases de cosméticos do país traz desafios únicos. Quais deles você enfrenta ainda hoje?
BT: Liderar exige resiliência, sensibilidade e clareza diária. Os desafios mudam, mas continuam existindo. Ainda é necessário provar competência em ambientes que muitas vezes são dominados por homens. Ainda preciso ser muito técnica para garantir que minha visão seja ouvida, mesmo com resultados sólidos. Ao mesmo tempo, liderar uma marca que cresce tão rápido pede decisões complexas, gestão de pessoas, inovação constante e manutenção de excelência. É um equilíbrio contínuo entre criatividade e estratégia, apoiado por maturidade emocional.
CLAUDIA: Em 2016, você transformou sua influência em negócio ao lançar a Linha Bruna Tavares. O que foi mais desafiador nessa transição de jornalista e criadora para empreendedora da beleza?
BT: Essa transição exigiu que eu aprendesse uma nova indústria do zero. Passei a entender tecnologia, cadeia produtiva, formulação, testes, estabilidade, custos, logística e todos os detalhes que fazem um produto existir. O maior desafio foi equilibrar meu lado criativo com o lado executivo. No início, foi um processo intenso aprender a ser empresária sem perder minha essência artística. Hoje, esses dois lados convivem de forma madura, mas no começo exigiu muita disciplina e coragem.
CLAUDIA: Você já comentou que acompanha obsessivamente fórmulas, testes e texturas dos produtos. O que mais te encanta nos bastidores desse processo?
BT: O que mais me encanta é ver a ciência ganhar forma até se transformar em emoção. Sempre fui apaixonada por pesquisa, por entender ingredientes, por estudar comportamento de textura e performance. E transformar tudo isso em algo que toca a pele de maneira sensorial e significativa é uma das partes mais especiais do meu trabalho.
Cada fórmula é um grande quebra-cabeça. São meses estudando ativos, ajustando estabilidade, revisando curvas, avaliando sensorialidade, conectando conceito e textura até que tudo faça sentido. É um processo que exige paciência e técnica, mas também intuição e imaginação.
CLAUDIA: O lançamento da BT Skin, com 30 tonalidades, marcou a indústria nacional ao ampliar a representatividade de subtons e peles negras. O que motivou esse compromisso com a diversidade?
BT: O que me motivou foi uma soma de fatores que nasceram muito antes de a BT Skin existir. Sempre recebi mensagens e perguntas sobre subtom, oxidação, diferenças entre peles brasileiras e a dificuldade real que muita gente tinha para encontrar sua cor. Não era apenas uma questão de mercado, era uma questão de inclusão. Entendi muito cedo que diversidade não é conceito, é prática. Não é discurso, é entrega.
Essa motivação começou pelos meus leitores e leitoras, que sempre me pediam orientações sobre como escolher base, como entender os subtons, como lidar com produtos que ficavam acinzentados ou alaranjados. Isso me despertou para um problema estrutural no país. O público brasileiro é profundamente plural, e essa pluralidade não estava sendo representada de forma adequada. Eu queria mudar isso.
Ao mesmo tempo, sempre tive um interesse muito grande por pesquisa. Quando comecei o desenvolvimento da BT Skin, mergulhei, ao lado de consultores maravilhosos (Damata e Tássio, da Herdeira da Beleza), em estudos sobre peles brasileiras, características de subtom, densidade de melanina e comportamento dos tons em diferentes luzes e temperaturas. Entendi que, para fazer uma base realmente inclusiva, eu precisava respeitar as complexidades da pele no Brasil.
CLAUDIA: E quais são seus planos para os próximos anos?
BT: A BT está entrando em uma fase verdadeiramente global. Já temos um projeto internacional estruturado e estamos avançando de forma concreta. Estamos montando um time em Nova York para trabalhar junto com o time do Brasil, criando um intercâmbio contínuo de conhecimento, tendências, pesquisa e estratégia. A linha vai operar com dois centros criativos, dois laboratórios de pensamento e duas equipes que se complementam.
Também estou estudando profundamente perfumaria autoral, uma área que estamos estruturando com muito cuidado, porque quero que nossa entrada nesse universo seja única, emocionante e fiel à identidade da BT. Além disso, acabei de entrar no segmento de cabelo em parceria com a Braé e já estamos no segmento de papelaria. Eu sempre digo que, no mundo de Bruna Tavares, tudo pode virar BT. Isso acontece porque acredito profundamente na força do nosso branding, na consistência das minhas ideias e na potência do meu time.
Para os próximos anos, meu objetivo é continuar aprendendo, criando, abrindo caminhos e levando a beleza brasileira para o mundo com orgulho.
O Prêmio CLAUDIA 2025
Depois de seis anos, o Prêmio CLAUDIA está de volta pela primeira vez desde 2019, celebrando mulheres que transformam o Brasil em diferentes áreas. A edição 2025 será realizada em 9 de dezembro, às 20h, no Roxy Dinner Show, Rio de Janeiro, e destaca finalistas que se tornaram referência em cultura, educação, negócios, direitos da mulher, saúde, inovação, sustentabilidade, trabalho social, influência digital e impacto do ano.
O júri desta edição reúne nomes influentes e plurais, como Zezé Motta, Maria da Penha, Luiza Helena Trajano e Ana Fontes, além das representantes da Editora Abril: Karin Hueck (editora-chefe de CLAUDIA), Helena Galante (diretora de núcleo da Abril), Andrea Abelleira (VP de Publishing da Editora Abril) e a jornalista Aline Midlej.
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