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Sexo esfriou na relação? Saiba o que fazer para reacender o tesão

Falta de diálogo, rotina esmagadora e até mesmo o ‘excesso de fofura’ podem fazer o sexo na relação perder a graça

Por Kalel Adolfo
5 Maio 2023, 09h36
Diálogo agressivo pode ser um inimigo na hora de melhorar o sexo.
Sexóloga traz informações sobre a anorgasmia (Vladimir Vladimirov (Getty)/Reprodução)
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Todo casal já passou — ou ainda vai passar, acredite — por aquele momento em que o sexo esfria na relação. Sabe aquela situação em que um quer transar, mas o outro está com zero vontade, e as coisas vão perdendo a intensidade? Para a sexóloga Luana Lumertz, isso é um clássico dos vínculos amorosos. Mas, claro, não é porque este cenário é comum, que devemos dar pouca importância.

Muito pelo contrário: a sexualidade é um dos pontos primordiais dentro de qualquer relacionamento, seja ele monogâmico ou aberto. Ignorar essa “incompatibilidade” na cama pode gerar uma série de conflitos que, caso sejam mal resolvidos, podem acarretar até mesmo no término. E ninguém quer isso, não é mesmo?

Por isso, a especialista compartilha uma série de dicas para contornar a crise sexual a dois. Veja a seguir:

O que faz o sexo esfriar no relacionamento?

Primeiro de tudo: quando acabamos de conhecer aquele alguém especial, sentimos um desejo espontâneo. Só de ver a pessoa, já sentimos tesão. Mas, com o tempo, segundo Luana Lumertz, isso vai se perdendo (e está tudo bem). Contudo, o problema começa quando passamos a acreditar que a libido é uma força automática e que não precisamos fazer qualquer esforço para “ativá-la”.

“A vida adulta nos faz ser esmagados pela rotina. Quando moramos juntos, a situação fica ainda mais difícil. É diferente quando namoramos e existe a questão da novidade. Num geral, casais que convivem há muito tempo se acostumam a não investir em tempo de qualidade para fazer coisas diferentes. É aí que tudo vai esfriando, incluindo o sexo”, explica a sexóloga.

Ela complementa que, para piorar, nós, enquanto sociedade, não falamos sobre frequência sexual. “Isso ainda é um super tabu. Às vezes o indivíduo quer transar mais, mas não comunica a parceria. Inclusive, há situações que os dois querem ter mais relações sexuais, mas ninguém toma a atitude de conversar e tentar compreender. A consequência disso é aquele marasmo, a mesmice”, aponta.

Mas e aí: o que fazer quando o sexo esfria de vez? Segue as dicas da sexóloga:

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1. Não existe frequência sexual ideal

Abandone de uma vez por todas a ideia de que existe uma frequência ideal para o sexo. “Isso varia de casal para casal, pois temos fases diferentes. Somos seres diferentes”, afirma.

Inclusive, a especialista esclarece que existe um mito sobre os homens quererem transar mais: na verdade, isso acontece apenas por uma questão social. “Eles foram estimulados e aprenderam a ter um contato com o prazer mais cedo. Mesmo assim, isso não significa que as mulheres não possam ter mais tesão do que o sexo masculino”, revela.

Para Lumertz, o que realmente impacta em nossa libido é a rotina que estamos vivenciando: “Quando estamos super estressados, obviamente não teremos todo esse desejo. A energia que colocaríamos na cama acaba sendo desviada para o trabalho, para a faculdade, para os estudos. Por isso o diálogo é tão importante.”

2. Diálogo precisa ser construtivo, leve e honesto

Luana aponta que não existe um jeito simples ou fácil de falar sobre o assunto. Este é um tema realmente delicado e complexo. Sendo assim, uma das estratégias para abordar o outro é criar um ambiente descontraído para o diálogo: “Chame a pessoa para tomar uma cerveja e exponha que está insatisfeita com o sexo. Mas é um papo difícil, pois sempre há alguém frustrado por querer transar mais, achando que o parceiro não o ama mais”, diz.

Contudo, a sexóloga reitera: todos nós passaremos por essa fase em algum momento. O jeito é não transformar o diálogo em um tsunami de cobranças: “É errado chegar apontando as falhas do outro, humilhando e xingando.”

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Ela afirma que costumamos normalizar o ataque ao próximo por acharmos que somos donos da pessoa com quem nos relacionamos. Contudo, o diálogo agressivo é destruidor, não reparador. “A melhor forma de expor as insatisfações é comunicando o que realmente você está sentindo e o que é importante para ti naquele momento”, aconselha.

3. Não tenha medo da terapia

Nestes momentos de desespero, onde não sabemos o que fazer para apimentar o sexo, a terapia sexual, tanto individual quanto em casal, pode ser uma ótima solução. “Às vezes, apenas uma das partes está com um problema, e isso não tem nada a ver com a relação”, relembra.

4. Crie momentos a dois na rotina

Para os momentos em que estamos sufocados pela rotina, a estratégia deve estar focada em conter os danos: para isso, basta escolher algum dia da semana para criar momentos diferentes ou até mesmo inusitados.

Não precisa ser um quarto 50 Tons de Cinza. É possível fazer algo mais simples, como combinar de ter um date, fazer um jantar em casa, tomar uma cerveja, ir num bar ou ficar no quarto sem mexer no celular. Ponha uma música, converse, faça uma massagem. Tudo isso já representa uma saída da rotina, o que abaixa os níveis de estresse e cortisol e nos traz a possibilidade de ter momentos de qualidades representativos a dois”, indica.

Ela clarifica que não tem problema em começarmos novos hábitos de forma automática e pré-definida: o que importa é nos entregarmos ao momento, pois isso vai aumentando a intimidade e, consequentemente, o tesão.

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5. Não seja sempre amorzinho

Sabe aquele tipo de dinâmica onde os dois estão sempre falando com voz de bebê e priorizando momentos de amor e carinho? Isso nem sempre é positivo! “O amor por si só não salva todas as características de uma parceria. Muitas vezes, o casal acaba negligenciando a parte sexual, e é nessa fase que começamos a nos questionar se não viramos apenas amigos e coisas do tipo”, alerta.

Luana brinca: “O amorzinho é inimigo do tesão. Não tem problema falar ‘fofo’, mas também precisamos instigar o erotismo, essa questão mais provocativa. Equilibrar e balancear é o ideal.”

6. Consuma conteúdos sensuais

Não, você não precisa sair assistindo milhares de filmes pornográficos, até porque, nem sempre essas produções trazem valores realistas acerca do sexo. Contudo, não deixe de assistir aquele filme ou série mais apimentada a dois. “Eu tinha bastante preconceito com essas produções mais estereotipadas, tipo 50 Tons ou 365 Dias. Mas aí, percebi que várias clientes começaram a me dizer que assistiram ao filme com o parceiro e, por isso, começaram a falar sobre sexualidade e fetiches, melhorando a relação”, revela.

Sendo assim, buscar inspirações e exercitar o pensamento erótico pode ser uma saída quando o sexo começa a esfriar: “Às vezes o problema está muito ligado a uma questão mais mental. Portanto, exercitar tanto a imaginação quanto as fantasias e os fetiches podem ser dicas muito valiosas”, conclui.

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