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Chorar depois do sexo é comum? Entenda os motivos

A disforia pós-coito, apesar de inusitada, é extremamente natural e faz parte da sexualidade humana

Por Kalel Adolfo
2 ago 2024, 08h00
Chorar depois do sexo - disforia pós-coito
A disforia pós-coito nem sempre indica a presença de distúrbios emocionais.  (cottonbro studio (Pexels)/Reprodução)
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Chorar depois do sexo, acredite ou não, é extremamente natural (a condição, inclusive, tem até um nome: disforia pós-coito). Contudo, a situação pode trazer uma certa estranheza e desconforto após a transa — tanto para quem está chorando, quanto para quem observa a parceria chorar. E aí, o que fazer diante desse cenário? E quais motivos nos levam a “desabafar” após o orgasmo? A seguir, Claudia Petry, pedagoga com especialização em Sexualidade Feminina pela Faculdade de Medicina da USP, esclarece todas essas dúvidas:

Chorar depois do sexo: por que acontece?

Segundo Claudia Petry, chorar após a transa pode ser uma experiência normal, ocorrendo por diversas razões. “O ato sexual libera uma onda de emoções intensificadas, que pode resultar em lágrimas, seja de felicidade, alívio ou até tristeza”, afirma.

Além disso, de acordo com a especialista, o sexo pode servir como uma forma intensa de liberar tensões acumuladas. Após essa liberação, alguns tendem a sentir uma onda emocional que se traduz em choro.

“A conexão emocional com o parceiro também desempenha um papel importante, já que a intimidade pode evocar sentimentos profundos. Os hormônios liberados durante a atividade sexual, como a ocitocina, podem influenciar o estado emocional e causar lágrimas”, explica.

Chorar após o orgasmo pode indicar transtorno?

Para Claudia, cada caso é um caso. Todavia, sim: o choro após a transa pode indicar desconforto ou transtornos emocionais, como ansiedade, depressão ou traumas não resolvidos.

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“Para algumas pessoas, a intensidade emocional da intimidade sexual pode reativar memórias dolorosas ou sentimentos de vulnerabilidade, levando a uma resposta emocional intensa”, diz.

Além disso, segundo a sexóloga, questões como baixa autoestima, dificuldades em relacionamentos ou experiências de abuso sexual podem contribuir para essa reação.

Sendo assim, é fundamental considerar o contexto emocional de cada indivíduo, pois o choro pode ser uma forma de liberação emocional, mas também pode sinalizar a necessidade de explorar e tratar questões subjacentes.

Como controlar o choro após o sexo

Nem sempre queremos chorar na frente do parceiro logo após a transa. Mas e aí, será que é possível conter as lágrimas? Bom, antes de mais nada, Claudia Petry reitera que chorar após o sexo pode ser uma expressão saudável de emoções intensas, refletindo a complexidade da experiência humana.

“Essa liberação emocional, que pode ocorrer junto ao prazer, é um sinal de conexão e vulnerabilidade, permitindo que a pessoa processe a intimidade vivenciada. Aceitar que o choro pode coexistir com a alegria enriquece a compreensão da própria sexualidade de forma positiva”, declara.

Porém, a profissional explica que, caso haja uma identificação de que este choro tem origem em um aspecto negativo, existem algumas estratégias que podem ajudar a evitar essa reação. “Primeiramente, a comunicação aberta com o parceiro é fundamental, pois isso cria um ambiente de apoio e compreensão”, diz.

Claudia Petry também indica praticar técnicas de relaxamento, como respiração profunda ou meditação, que podem ajudar a reduzir a ansiedade antes e durante a intimidade.

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“Fortalecer a conexão emocional com o parceiro também é importante, já que quanto mais à vontade você se sentir, menor a probabilidade de chorar. Focar nas sensações físicas e no prazer, em vez de permitir que pensamentos negativos ou memórias invadam sua mente, pode ser útil”, aconselha.

Chorei após a transa: como devo agir?

Caso a experiência de chorar após o sexo venha acompanhada de sentimentos de vergonha, Claudia indica nos questionarmos sobre a origem desse constrangimento.

“É importante lembrar que essa reação é uma resposta emocional comum e natural. Em primeiro lugar, reconheça e valide suas emoções, entendendo que não há nada de errado em expressá-las”, afirma.

Depois, a especialista recomenda conversar abertamente com a parceria sobre o ocorrido: “Isso pode ajudar a desmistificar a situação e fortalecer a intimidade. Praticar a autoaceitação é fundamental; em vez de se criticar, tente ver essa experiência como uma parte normal da sexualidade humana. Essa vivência pode sim ser sensível, sexy e colaborar para ampliar a intimidade do casal.”

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Como lidar com a pessoa que chorou após o orgasmo?

Para Claudia Petry, sensibilidade e empatia são fundamentais para acolher o próximo diante dessa situação. “Um gesto reconfortante, como um abraço, pode transmitir apoio e acolhimento. Reafirme que essa reação é normal e que não há motivo para constrangimento, destacando que a vulnerabilidade é parte da intimidade. Se ela ou ele se sentir confortável, incentive uma conversa sobre suas emoções, ajudando-a a processar o que aconteceu e fortalecendo a conexão entre vocês”, indica.

Em que momento procurar ajuda médica

Segundo a sexóloga, a disforia pós-coito que envolve tristeza ou ansiedade após a relação sexual pode exigir tratamento profissional se os sentimentos forem intensos ou persistirem, afetando a qualidade de vida.

“Buscar a ajuda de um terapeuta sexual é aconselhável, especialmente se houver traumas ou problemas de autoestima envolvidos. Além disso, em casos de emoções positivas, o processo terapêutico pode abordar preconceitos e tabus sobre a sexualidade, promovendo um ambiente sexual mais saudável e uma maior liberdade na relação”, conclui.

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