São Paulo abrirá o Morumbi para receber mulheres vítimas de violência
O clube receberá as mulheres vítimas de violência sexual no estádio
O São Paulo lançou uma campanha para colaborar no combate à violência contra a mulher. O projeto social “SPFC se importa” é uma parceria com o Justiça de Saia, chefiado pela promotora Gabriela Mansur. A primeira ação começará a partir de maio, quando o São Paulo abrirá o estádio do Morumbi para receber mulheres vítimas de violência.
A ideia de ceder o espaço do estádio tem o intuito de acolher as mulheres e oferecer a elas tanto auxílio jurídico quanto psicológico.
Já na comemoração do Dia Internacional da Mulher, em 8 de março, manifesto anunciava que o clube paulista estaria disponível para se comunicar com as torcedoras que se sentissem hostilizadas, por meio de um canal aberto.
Leia mais: Criticada por perda de peso, Marília Mendonça explica sua decisão
A abertura do Morumbi vai ao encontro do que o São Paulo prometeu no manifesto do Dia da Mulher: “Abriremos conversas com grupos de apoio voluntário a mulheres vítimas de violência, com a intenção não só de trazer a discussão para dentro do clube, mas também envolvê-lo no acompanhamento de casos relacionados”.
A partir da primeira data (que ainda será divulgada), as mulheres vítimas de violência poderão encontrar acolhimento no Morumbi, para receberem a ajuda que precisam. Independentemente dos times para o qual torcem, as que estiverem interessadas poderão se inscrever (o Justiça de Saia deve em breve divulgar como) para as 50 vagas abertas.
Leia também: Dia das mães: 14 ideias de presentes para fazer em casa
Além desses atos, o clube paulista também fará parte do projeto “Tem saída”, também organizado por Gabriela Mansur, que faz parte do Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica do Ministério Público do Estado e São Paulo.
O “Tem Saída” tem o intuito de ajudar as mulheres vítimas de violência a se reinserirem no mercado de trabalho, já que grande parte daquelas que ainda não denunciaram a violência (ou convivem com ela) não levam o caso à polícia porque dependem financeiramente do marido.
Esse projeto pretende estabelecer parcerias com empresas que se proponham a contratar essas mulheres, dando a elas uma oportunidade para saírem desse contexto de agressão.
Leia mais: Como usar: 4 formas para arrasar usando saia midi de couro
A ideia é que as empresas (que serão chamadas de “Empresa Amiga da Mulher”) atuarão a partir do momento que uma denuncia for feita. A vítima será encaminhada diretamente para as instituições pré-cadastradas, para terem a possibilidade de reinserção no mercado de trabalho.
Além dos números já conhecidos, uma pesquisa feita pelo próprio São Paulo mostra que estava na hora de se importar com as torcedoras que frequentam os estádios.
Os resultados da pesquisa mostram que 59% das torcedoras ouvidas disseram já terem sofrido algum tipo de assédio em dias de jogos e 74% não se sentem seguras para irem sozinhas ao estádio.
Leia mais: Xuxa homenageia Dona Alda após a morte da mãe: “Meu passarinho voou”
Das principais reclamações vindas das torcedoras está o assédio no estádio. A maioria dos casos acontece na entrada, antes da fila da revista feminina, que fica depois da dos homens. “Já passaram a mão em todas as partes do meu corpo nessa situação”, reclamou uma são-paulina, enquanto outra disse que, conforme ela tentava abrir espaço até a fila, acompanhada de sua filha de 7 anos, os homens achavam que ela estava tentando “tirar vantagem”, furando a fila.
Para esse problema, a sugestão das torcedoras é simples: criar filas separadas para homens e mulheres, a fim de evitar discussões e assédios.
O São Paulo também se posiciona na internet, disponibilizando um e-mail para que as torcedoras mandem reclamações ou sugestões (saopaulinas@saopaulofc.net) e uma parceria com o FemiTaxi, para permitir o acesso seguro ao estádio.
Veja mais: Dia das mães: hotéis fazem promoção para presentes relaxantes