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Networking: como construir a tão famosa “rede de contatos”

Saber fazer uma rede de contatos é fundamental para quem está passando por uma transição profissional. Veja como desenvolver e manter relacionamentos frutíferos em qualquer área

Por Bruna Nicolielo (colaboradora)
Atualizado em 26 out 2016, 11h04 - Publicado em 17 out 2016, 16h40
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Há bastante receio quando se fala em formar uma rede de contatos, principalmente em uma área que não é familiar. Pois conhecer a pessoa certa pode ser o grande diferencial em um momento de instabilidade e mudança profissional. Então, é hora de dominar essa arte dos relacionamentos. Da parceria virão bons conselhos de quem tem experiência para compartilhar.

O ponto de partida é mais simples do que imagina. “Em um primeiro momento, vale acionar conhecidos em geral: amigos, antigos colegas de faculdade e de trabalho e até vizinhos ou membros do mesmo clube”, recomenda Marcia Vazques, consultora da Thomas Case e Associados, empresa especializada em gestão e planejamento de carreira, em São Paulo. Explique seu projeto e reúna informações sobre o segmento de interesse. Concluída essa etapa, é provável que você já tenha uma dimensão mais completa do seu objetivo, além de clareza para dar o próximo passo.

Pesquisa de mercado

Com a visão macro consolidada, é hora de partir para o específico e descobrir novas conexões no mercado. Peça indicações para os conhecidos, agende encontros no escritório da pessoa ou em um café. Ainda não é o momento de destacar seus talentos e pedir um emprego, e sim de entender o terreno e desconstruir eventuais falsas percepções. “Cada indústria possui valores e cultura próprios, que levam tempo para ser assimilados”, afirma Georgia Villas Bôas, coach de carreira certificada pela federação internacional de São Paulo. Leve para o convidado perguntas relevantes, tais como: “Que competências preciso ter para conquistar uma vaga nesse mercado?”, “No que devo me especializar?”, “Você conhece alguém que já passou por essa transição? Poderia me apresentar?”. Outra boa dica é frequentar palestras, cursos e grupos de discussão presenciais ou virtuais ligados à nova área – garantia de acesso facilitado a pessoas-chave.

Siga o mestre

Um mentor é uma figura profissional mais experiente. Não é necessariamente um desconhecido, mas um ex-chefe ou ex-professor. “É um interlocutor com quem você estabelece uma relação de confiança para discutir as etapas até o objetivo”, explica Vazques. “Ele também deve lhe apresentar bons contatos”, completa. Essa relação, entretanto, exige dedicação dos dois lados. Almoce com seu mentor frequentemente e garanta que você tenha liberdade de mandar e-mails ou mensagens a respeito de situações específicas.

Estratégia focada

As redes sociais contribuem para a manutenção do networking, assim como para a criação de novas relações. Usufrua de ferramentas oferecidas pelo LinkedIn e Facebook. Ambos mostram qual o grau de separação entre você e líderes do segmento, por exemplo. É válido fazer contato em momentos significativos (aniversários, depois de uma promoção ou conquista no trabalho). “O foco deve ser ampliar a rede de relacionamentos de forma leve, sem parecer interesseiro ou inconveniente”, explica Villas Bôas. Se sentir que tem abertura, marque uma reunião para estreitar laços.

No LinkedIn, siga empresas onde gostaria de trabalhar e pesquise mais sobre elas. Devem surgir contatos importantes e o próprio site mostrará como chegar a essa conexão por meio dos seus conhecidos. Grupos de discussão também levarão a outros colegas de área. É recomendado, na hora de atualizar seu perfil, usar palavras do jargão do segmento buscado, além de compartilhar vídeos, notícias e artigos relevantes no seu perfil. “Manter a página viva é um jeito de se destacar perante suas conexões”, explica Fernanda Brunsizian, gerente de comunicação do LinkedIn.
 
Empreendedora conta como fazer contatos na hora de abrir um negócio
 
A primeira pergunta a ser feita é: qual é sua motivação? Se for a busca por jornadas mais flexíveis ou a saída após uma demissão, repense. “Os resultados nem sempre são os esperados e, apesar de a ideia parecer tentadora, nem todo mundo tem o perfil necessário para tolerar os riscos envolvidos”, explica Marcia Vazquez. Antes de gastar o dinheiro do FGTS ou de um empréstimo nisso, procure informações. O Sebrae e a Endeavor oferecem cursos básicos para o empreendedor principiante. Ali, você vai ganhar repertório técnico, como aprender a elaborar um plano de negócios, fazer gestão financeira e de equipe. Eles também dão a possibilidade de conhecer empresários consolidados para trocar experiências e ter uma visão mais realista do futuro.

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