Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Super Black Friday: Assine a partir de 5,99

Documentário “Cowspiracy: o segredo da sustentabilidade” estreia no Netflix

Versão atualizada do documentário de 2014, coproduzido por Leonardo DiCaprio, tenta expor os segredos por trás da indústria de produção de carnes e laticínios

Por Stefanie Silveira (colunista)
Atualizado em 21 jan 2020, 18h51 - Publicado em 16 set 2015, 11h41
Divulgação (/)
Continua após publicidade

Vamos começar esta coluna tentando estabelecer uma linha de raciocínio rápida. Empresas donas de grandes frigoríficos e produtoras de carne foram as principais doadoras e financiadoras das últimas eleições, incluindo aí os dois principais partidos políticos que disputavam a corrida presidencial.

O Brasil deve se tornar nos próximos anos o principal exportador de carne bovina no mundo fazendo com que a indústria pecuarista movimente bilhões de dólares por ano. O que move o mundo? Eu gostaria de responder que é o amor, mas infelizmente a gente sabe que é o dinheiro. 

A indústria de carne e laticínios é a principal responsável pela produção de gases do efeito estufa e, consequentemente, o aquecimento global. Além disso, a redução na disponibilidade de água limpa e o desmatamento também estão na conta da pecuária. Por que então parte dos grandes movimentos ambientalistas, ONGs e ativistas- como Greenpeace, WWF, Oceana, Amazon Watch – não tratam deste assunto?

É o que tenta desvendar o documentário “Cowspiracy: o segredo da sustentabilidade” que está disponível a partir desta terça-feira (15), mundialmente, por streaming no Netflix. Trata-se de um novo corte do filme feito pelo ator e produtor Leonardo DiCaprio. O documentário foi feito por Kip Andersen e Keegan Kuhn e conta com depoimentos de Michael Pollan, jornalista renomado e autor de “O dilema do onívoro”, Richard Oppenlander, autor de “Food Choice e Sustainability”, e Will Potter, autor de “Green is the new Red”.

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=nV04zyfLyN4%5D

Continua após a publicidade

A história começa com o diretor Kip Andersen contando a sua história de envolvimento com a causa ambientalista. Ele começou a se preocupar com os danos causados ao planeta depois de assistir ao documentário de Al Gore, “Uma verdade inconveniente”. No entanto, depois de um tempo adotando medidas de reciclagem, reúso e redução de impacto, Kip se perguntou se não existiam mais elementos nesta conta. Afinal, se todos os habitantes do planeta adotassem hábitos ecologicamente corretos seria possível salvar definitivamente o planeta?

“Eu descobri que um hambúrguer de 114 gramas requer quase 2.500 litros de água para ser produzido. Eu tenho tomado banhos curtos para economizar água e descubro que comer apenas um hambúrguer é equivalente a dois meses inteiros de banho”, diz Kip.

Nos Estados Unidos, o consumo doméstico de água corresponde a apenas 5% do gasto total do país, enquanto a pecuária consome 55% destes recursos hídricos. Kip mora na Califórnia, um dos estados mais devastados pela seca nos Estados Unidos, quando questiona governantes sobre a falta de informação acerca do gasto de água para a produção de carne, o diretor se depara com a questão política. “Uma coisa é a gestão da água e outra é a mudança de comportamento”, diz um dos entrevistados. 

Continua após a publicidade

No site do filme, os diretores propõem que cada um de nós faça a sua parte para reduzir o problema e lançam o desafio: que tal 30 dias de uma dieta vegana? Em vídeo, eles comentam como é possível modificar hábitos de uma vida inteira e começar a escolher opções mais saudáveis e menos impactantes para todo o planeta.

https://player.vimeo.com/video/138644313?title=0&byline=0&portrait=0

Um dos objetivos estabelecidos pelas Nações Unidas para o mundo é eliminar a fome até 2030. Para isso, no entanto, é preciso que mudanças profundas sejam feitas na dieta dos habitantes deste planeta. A produção de carne vermelha consome 11 vezes mais água e polui 5 vezes mais do que a de galinha ou porcos, mas mais do que cortar a carne vermelha, é preciso adotar uma dieta baseada em plantas. Só assim a comunidade internacional conseguirá em 15 anos encontrar meios para alimentar as quase 800 milhões de pessoas que passam fome atualmente no mundo. Comer é um ato político. Ao decidir o que compõem o seu prato, você também está decidindo alguns dos rumos que o planeta vai tomar.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

SUPER BLACK FRIDAY

Digital Completo

Moda, beleza, autoconhecimento, mais de 11 mil receitas testadas e aprovadas, previsões diárias, semanais e mensais de astrologia!
De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 3,99/mês
SUPER BLACK FRIDAY

Revista em Casa + Digital Completo

Receba Claudia impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
De: R$ 26,90/mês
A partir de R$ 9,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$47,88, equivalente a R$3,99/mês.