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Coluna da Cynthia de Almeida: Não é tudo igual

Para nossa colunista, assim como não há cartilha de mãe, também não existe manual de melhores práticas da licença-maternidade

Por Cynthia de Almeida
Atualizado em 31 out 2016, 11h31 - Publicado em 14 jun 2016, 16h24
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Assim como #mãenãoétudoigual, mote da campanha lançada por CLAUDIA no mês passado, a licença-maternidade, aquele tempo em que nos afastamos (ou não) do trabalho para cuidar de um filho, também “não é tudo igual”. Não falo só do aspecto legal, que varia de país para país (de 120 a 180 dias no Brasil), mas da forma como encaramos essa fase. E de que impacto ela terá em nossa história profissional.

Em primeiro lugar, é bom eliminar certos fantasmas: o de que esse tempo, seja do tamanho que for, é irrecuperável; o de que ficaremos “desatualizadas” e voltaremos burras; o de que nossa ausência denunciará que somos, na verdade, dispensáveis; o de que perderemos terreno na corrida para melhores posições. Quem nunca?

Os fantasmas existem e podem se materializar; só depende de você. Comece, portanto, pela negociação consigo mesma: como pretende passar as semanas ou meses com o bebê? Somos diferentes, lembra? Há quem ache importante cortar todo e qualquer vínculo com a atividade profissional: não acessar e-mails nem atender telefonemas. Se esse é o seu caso, ok. Há quem prefira manter conversas regulares com colegas, trocar mensagens e até participar de reuniões online. Também é ok. Há quem nem possa se afastar porque é dona do negócio e logo carregará o bebê para o escritório. E está bem. Se acreditar que deve prolongar seu papel exclusivo de mãe indefinidamente e souber avaliar as vantagens e desvantagens dessa escolha, também está valendo.

O que não vale? Não vale alimentar paranoias, reproduzir padrões, se sentir em dívida com o mundo e achar que tem um jeito certo ou errado. Como não há cartilha de mãe, também não existe manual de melhores práticas para gerenciar o tempo da chegada de um bebê. Somente a negociação sincera consigo mesma (e com o pai da criança, com quem deve compartilhar todas as tarefas e, se possível, alternar os períodos de ausência no trabalho) permitirá que seja autora do seu roteiro pessoal. E só então estará apta a negociar com os outros: chefes, equipe, sócios, clientes. Muitas empresas colocam esse combinado no plano de carreira das funcionárias e sabem que precisam reter os talentos antes, durante e depois da licença-maternidade.

Mesmo que você não tenha um emprego ou uma licença formal, a conversa com os parceiros é fundamental. E o resultado depende de você – as reações dos interlocutores serão o espelho da sua atitude. Se chegar à mesa arrastando os grilhões de inseguranças e culpas, tratarão sua ausência como um incômodo necessário e assumirão, no máximo, uma postura paternalista e condescendente.

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Se estiver, por outro lado, segura de que o tempo dedicado ao filho pode ser tão enriquecedor (ou mais) como um período sabático e fará de você uma profissional ainda mais plena e madura, vai se sentir poderosa o suficiente para planejar o afastamento, a volta e os movimentos de carreira interessantes para a nova etapa. Fácil de falar e, provavelmente, difícil de fazer. Entretanto, se essa reflexão provocar angústia, não acrescente essa nova culpa ao seu cardápio. Comprometa-se apenas com sua autoestima. Lembre-se de que está no controle e não deixe que ninguém decida o seu futuro por você.

Cynthia de Almeida é colunista de CLAUDIA e escreve aqui no site toda terça-feira. Mande sua dúvida de carreira para ela!

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