54% das mulheres acreditam que feminismo tenta mudar a realidade
Pesquisa inédita de CLAUDIA com 1500 mulheres revela necessidade do movimento se conectar melhor com as mulheres
Junto com a área de Pesquisa e Inteligência Abril em parceria com a MindMiners, CLAUDIA perguntou a 1500 mulheres como elas veem o feminismo hoje. As respostas nos mostram como o movimento ainda precisa crescer (e muito!). Apenas 27% das mulheres se identificam com o movimento feminista. Outras 47% declaram que apenas às vezes se veem representadas.
E um total de 42% acredita que feminismo é o contrário de machismo, mostrando que ainda há muita falta de informação do assunto. Feminismo é, na verdade, um movimento de igualdade de direitos entre homens e mulheres – e não de subjugar o gênero contrário, como faz o machismo. 54% acreditam que o feminismo faz diferença no dia a dia, pois tenta mudar a realidade em que vivemos.
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No último ano, 29% das mulheres falaram sobre feminismo no Facebook. No grupo das que se identificam com o movimento, o número sobe para 58% (ainda no Facebook). Do total, 10% se declaram muito engajadas e 58% acreditam se engajar de vez em quando, já que preferem não se expor, mas falam quando o tema lhes interessa.
78% das mulheres defendem que os temas mais importantes para o movimento são “não tolerar nenhum tipo de violência verbal, moral e física”e “igualdade de salários e oportunidades profissionais entre homens e mulheres”.
Outro dado que revela falta de informação é o número de mulheres que declara nunca ter sido assediada, nem na rua, em lugares públicos, no trabalho ou na família: 26%. É mais provável que quem optou por essa resposta tenha medo ou vergonha de admitir o assédio ou não saiba identificar o assédio. Esse é um assunto que precisa ser desmistificado, pois só assim as mulheres se sentirão confortáveis para denunciar.
Assédio
O assédio acontece com maior frequência em espaços públicos (45%), seguido por transporte público (38%), no trabalho (31%), na família (20%) e, por último, em um relacionamento (19%). As mulheres mais assediadas são aquelas entre 25 e 30 anos e as da classe B.