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Brasil ainda é racista: 5 dados para refletir no Dia da Consciência Negra

5 pesquisas reacendem o debate sobre a urgência em discutir o racismo que persiste na sociedade brasileira

Por Ana Luiza Bezerra
19 nov 2025, 00h00
Imagem de mulher negra centralizada rodeada por um grupo de protestantes contra o racismo no Brasil
Apesar de ser um problema cotidiano, no Dia da Consciência Negra os números ganham destaque (Reprodução/Freepik)
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Todos os anos, conforme o dia 20 de novembro vai se aproximando, antigos questionamentos voltam a surgir: “Por que Dia da Consciência Negra e não Dia da Consciência Humana?”. Ou pior, frases como “Não há necessidade de um dia dedicado a isso, se no Brasil não tem racismo” ganham ainda mais força. Mas será que não tem mesmo?

O fato de ser um dos países mais miscigenados do mundo alimenta discursos que tentam sustentar a ideia de que o racismo não faz parte das vivências cotidianas de pessoas negras. Mas os dados dizem o contrário. Confira a seguir 5 pesquisas que mostram que o Brasil ainda está longe de deixar de ser racista.

1. Renda quase 42% menor que a de pessoas brancas

Segundo estudos do Centro de Estudos e Dados sobre Desigualdades Raciais (Cedra), com base em informações do IBGE, em 2023, a renda média das pessoas negras era de R$ 2.199,04, enquanto a de pessoas brancas era de R$ 3.729,69.

2. Mulheres negras têm duas vezes mais chances de serem assassinadas

Além de mulheres já estarem em um grupo de maior vulnerabilidade, quando observados os dados entre mulheres negras, os números tornam-se ainda mais alarmantes. Em 2022, o Atlas da Violência divulgou que cerca de 3.800 mulheres foram mortas no Brasil, sendo 2.526 negras. Assim, constatou-se que mais de 66% dos homicídios femininos no país eram de mulheres pretas.

3. Apenas 8% dos pretos e pardos estão em cargos de liderança

O serviço de consultoria de igualdade e inclusão Indique Uma Preta promoveu a pesquisa Lideranças em construção: por que a trajetória de profissionais negros é tão solitária?. Um dos dados revela como o racismo se espalha pelo mercado de trabalho: mesmo compondo mais de 55% da população, apenas 8% de pretos e pardos ocupam cargos de liderança.

Imagem de mulher negra em foto preta e branca durante protesto contra igualdade racial no Brasil
Pesquisas tem destacado cada dia mais os impactos do racismo no Brasil (@ricardostuckert/Instagram)
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4. Pessoas pretas e pardas são 73% dos pobres e extremamente pobres

Os dados referentes ao mercado de trabalho refletem diretamente em outros setores, especialmente na qualidade de vida. Em 2023, com base nos números do IBGE de 2022, pessoas pretas e pardas representavam 73% dos pobres e extremamente pobres do país.

5. 82,7% da mortes pela polícia são de pessoas pretas e pardas

Quando a discussão se estende à violência policial, os números chamam ainda mais atenção. De acordo com o boletim Pele Alvo: Mortes que Revelam um Padrão, em 2023, 4.025 pessoas foram mortas em operações policiais. No entanto, apenas 3.169 tiveram raça e cor informadas, dessas, 2.782 eram pretas ou pardas.

Não é possível afirmar com certeza que todas as mortes foram motivadas por racismo, mas são, sem dúvida, reflexo de uma sociedade profundamente desigual.

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