Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Outubro Rosa: Revista em casa por 10,90

Você faz a higiene íntima? 10 erros que agridem a vagina

Nada de lavar demais, esfregar, querer mudar o cheiro da região vaginal!

Por Daniella Grinbergas
Atualizado em 25 abr 2023, 12h39 - Publicado em 5 ago 2019, 11h58
Mulher fazendo xixi no banheiro
Observar a cor do xixi é importante para descobrir problemas de saúde. (bymuratdeniz/Getty Images)
Continua após publicidade

Vamos começar esse papo com a real: vagina tem odor próprio, secreções, pelos… Não tenha vergonha disso! Muitas mulheres acham que a higiene correta é aquela que garante uma área seca e sem cheiro e acabam fazendo tudo errado.

Lavar e esfregar a área íntima muitas vezes não afasta o perigo, muito pelo contrário! Naquela região há muitas bactérias que nos protegem e o excesso de limpeza pode causar um desajuste do pH. “A natureza faz um trabalho impecável de modo que temos um equilíbrio na área genital”, diz a dra. Flávia Fairbanks, ginecologista da Clínica FemCare.

Ah, e é bom deixar claro que a limpeza deve ser feita na parte de fora, na vulva, e não na vagina, que é a parte interna. “Faça um pouco de espuma nas mãos e lave delicadamente a vulva, principalmente entre os lábios, evitando assim que resíduos de secreção se acumulem e se tornem um meio de cultura para bactérias. Enxague com água corrente”, ensina a dra. Patrícia Gonçalves, médica obstetra e ginecologista da Clínica Pró Saúde RGPG.

Listamos os erros mais frequentes quando o tema é higiene íntima. Quantos deles você comete?

 

1. Passar papel higiênico de trás pra frente

Esse é o erro mais comum: muitas mulheres passam o papel no sentido do ânus para a vagina – não é que o papel toque o ânus exatamente, mas a região perianal é muito próxima da vulva, então você corre o risco de trazer para a frente as bactérias daquela área. “O ideal é fazer o movimento contrário, porque as bactérias da vagina são muito menos perigosas do que as da região perianal, que vêm da flora intestinal”, explica a dra. Flávia Fairbanks.

 

2. Lavar com água e sabão toda vez que vai ao banheiro

Nada de sabão o dia todo! “O excesso de produtos desequilibra a flora vaginal, favorecendo o surgimento de infecções”, aponta a dra Flávia Tarabini, ginecologista da clínica Dr. André Braz, no Rio de Janeiro. 

“O ideal mesmo é lavar a região com água e sabão no banho, uma vez ao dia, e após as evacuações. Se você for somente urinar, não é preciso lavar, apenas seque com papel higiênico tocando suavemente a região”, ensina a médica da FemCare. Não esfregue para evitar que sobrem fiapos do papel.

Continua após a publicidade

“Durante o período menstrual, você pode enxaguar mais vezes, para remover os resíduos e melhorar a ventilação, diminuindo a umidade prolongada criada pelo fluxo e pelo abafamento do absorvente”, justifica a dra. Patrícia. E lembre-se de secar bem a região, em qualquer situação, sem esfregar!

 

3. Usar a duchinha para limpar a vagina

Ducha íntima? “Jamais faça isso! Não há a mínima necessidade de limpeza da parte interna da vagina. Existe um mecanismo de autolimpeza feito pela própria secreção vaginal. Então, nesse ambiente não se mexe. Só se limpa a parte externa da vulva”, frisa a dra. Flávia Fairbanks.

 

4. Usar sabonete comum e compartilhá-lo

Escolha um sabonete glicerinado e de pH neutro ou próximo ao pH vaginal, que é ajustado exatamente para essa região. “Eles limpam sem retirar a proteção natural da pele e da mucosa”, diz a dra. Flávia Tarabini.

Outro problema é dividir o sabonete em barra com outros moradores da casa – isso faz com que os micro-organismos também sejam compartilhados. Sendo assim, as versões líquidas são excelentes aliadas.

esponja banheiro registro
(marcelo_minka/Getty Images)
Continua após a publicidade

5. Esfregar a esponja na vulva

Nada de esfrega-esfrega! A esponja pode machucar a mucosa e irritar. Além disso, esponjas que ficam no banheiro são ambientes incríveis para proliferação de fungos e bactérias.

“A limpeza diária deve ser feita com toque suave, água e sabão”, diz a dra. Flávia Fairbanks.

 

6. Abusar do lencinho umedecido 

É claro que em situações de emergência eles são ótimos – numa troca de absorvente ou evacuação onde não haja uma duchinha. Mas não faça disso um hábito. Eles contêm aditivos químicos e fragrâncias que podem irritar e causar alergias na região.

Além disso, eles deixam a área molhada, então é preciso esperar secar bem antes de vestir a calcinha, porque a umidade facilita o surgimento de fungos.

 

7. Fazer uma depilação completa

“Não existe uma contraindicação absoluta da depilação da área. Porém, a gente tem de lembrar que a natureza é muito perfeita. Aqueles pelos não foram colocados ali a troco de nada. A rede de pelos é uma proteção que funciona como um filtro para entrada de microrganismos na vagina”, afirma a dra. Flávia Fairbanks.

Continua após a publicidade

Tirar tudo não é a melhor opção, mas também não deixe de cortar os pelos de vez em quando. “Pelos longos podem facilitar a contaminação da região íntima e também alterações no pH vaginal. O recomendado é apará-los“, orienta a dra. Patrícia.

8. Usar apenas papel para se limpar depois da relação sexual

O ideal é lavar a vulva com água e sabão. “É indicado também urinar após a relação, especialmente quem costuma ter infecções urinárias”, afirma a dra. Flávia Tarabini. Isso porque, algumas bactérias podem subir pela uretra durante o ato e causar infecção, e o xixi ajuda a limpar o canal. 

 

9. Colocar protetor de calcinha todo dia

“Apesar de passar a sensação de que a região íntima está sequinha, o uso desse tipo de absorvente acaba produzindo o efeito contrário, tornando a região mais quente, abafada e, consequentemente, úmida.  E isso pode favorecer a proliferação de fungos e bactérias oportunistas”, aponta a dra. Patrícia.

Isso sem contar que você corre o risco de matar as bactérias boas que moram ali. “Elas são aeróbias, precisam de oxigênio”, justifica a ginecologista da FemCare. A dica é deixar a vagina respirar!

calcinhas
(Carol Yepes/Getty Images)
Continua após a publicidade

10. Usar calcinhas de tecido sintético

As de tecidos naturais, como o algodão, são as melhores opções! “Elas permitem melhor ventilação, diminuem a umidade e evitam proliferação fúngica. Para pacientes que sofrem com infecções vaginais é bom que ao menos o fundo da calcinha seja de materiais desse tipo“, recomenda Flávia Tarabini.

E lembre-se: você pode lavar as calcinhas no banho, mas nunca deixe que fiquem no boxe para secar. Estenda em área ventilada e espere secar muito bem!

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

OFERTA RELÂMPAGO

Digital Completo

Moda, beleza, autoconhecimento, mais de 11 mil receitas testadas e aprovadas, previsões diárias, semanais e mensais de astrologia!
De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 1,99/mês
ECONOMIZE ATÉ 59% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Receba Claudia impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
De: R$ 26,90/mês
A partir de R$ 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$1,99/mês.