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Vacina contra HIV apresenta resultados promissores em estudo inicial

Composto é visto como um dos primeiros imunizantes capazes de estimular a produção dos raros anticorpos

Por Da Redação
Atualizado em 6 abr 2021, 12h09 - Publicado em 6 abr 2021, 12h05

Uma vacina inédita contra o HIV apresentou resultados promissores na primeira fase do estudo que tem por objetivo testar a eficácia do imunizante. O imunizante foi criado nos Estados Unidos a partir de uma parceria do Scripps Research Institute e da Iniciativa Internacional pela Vacina da Aids (Iavi).

O composto é visto pelos pesquisadores como um dos primeiros imunizantes capazes de estimular a produção dos raros anticorpos amplamente neutralizantes (bNAbs, na sigla em inglês) no organismo.

Essas proteínas são consideradas raras, pois, diferente de qualquer outro anticorpo, são capazes de neutralizar diversas cepas de um vírus. A forma de atuação é vista nos dias de hoje como a principal arma contra o HIV, visto que o vírus sofre diversas mutações rapidamente, fator que até hoje dificultou o alcance de uma cura para a AIDS.

Nesta primeira etapa da pesquisa, 48 adultos saudáveis receberam a vacina e observou-se, através de amostras de sangue, que 97% dos voluntários produziram os anticorpos.

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Imagem de computador cedida pelos cientistas da proteína imunoestimulante usada na vacina (Foto: Joseph Jardine, Sergey Menis, e William Schief of Scripps Research/IAVI/Divulgação)

De acordo com William Schief, diretor executivo do Centro de Anticorpos Neutralizantes (NAC) da Iavi, para que o imunizante atingisse seu objetivo, foi necessário ativar com precisão o linfócitos B, células que estão por trás da secreção dos bNAbs. “Os dados deste ensaio afirmam a capacidade do imunógeno da vacina de fazer isso”, assegurou o cientista em nota à imprensa.

Em suma, os pesquisadores direcionaram a produção de células B virgens com propriedades específicas, capazes de atacar diferentes variações do HIV.

Uma nova era à vista

Esse método, que apresentou grande eficácia, pode ir além do combate ao vírus da AIDS, podendo ser usado para a produção de outras vacinas para doenças que também sofrem mutação recorrente, como a gripe, a dengue, a malária, entre outras.

“Acreditamos que esse tipo de engenharia de vacina pode ser aplicado de forma mais ampla, inaugurando uma nova era na vacinologia”, avalia Dennis Burton, presidente do Departamento de Imunologia e Microbiologia da Scripps Research Institute.

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A vacina contra o HIV ainda deve passar pela fase dois e três de testes, que envolvem um número maior de voluntários.

Além dessa, uma nova vacina, que é resultado da parceria da Iavi e da Scripps Research com a Moderna, já está sendo desenvolvida. Ela se utilizando de RNA mensageiro (RNAm), que de acordo com o esperado, pode acelerar o progresso do produto contra a doença causada pelo vírus HIV.

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