Projeto cria impressão de molde 3D para gestantes com deficiência visual
A pesquisa foi feita para ajudar as mulheres que não podem acompanhar o desenvolvimento do bebê por exames de imagem
Desenvolvido para ajudar as futuras mamães com deficiência visual, o projeto de impressão 3D do feto foi criado pela Universidade PUC-Rio, em parceria com o Instituto Nacional de Tecnologia (INT), para auxiliá-las a ter uma perspectiva mais real de como está o desenvolvimento de suas gestações. O propósito do procedimento é fazer com que as mulheres que não podem ver a evolução dos seus filhos através dos exames de imagem possam sentir com as suas próprias mãos o formato do seu bebê enquanto ele ainda esta na barriga.
Um dos responsáveis pelo projeto, o ginecologista Heron Werner, especialista em Medicina Fetal do Alta Excelência Diagnóstica, explica que o molde que é feito do bebê é formado “a partir de um ultrassom de rotina da paciente, na qual as imagens do exame são arquivadas e reconstituídas em um arquivo em 3D (…) para depois serem impressa”.
O médico explica que “um bebê de até 16 semanas, ou seja, 4 meses, a impressão 3D terá o molde do corpo inteiro. Depois deste período, a imagem do feto fica extensa demais e a impressão acaba sendo apenas do rosto.”
Os modelos podem ser feitos com diferentes materiais e o custo varia com base nisso, já que a durabilidade e resistência depende do que o molde é feito. Uma impressão em 3D de pó de gesso pode custar R$ 800 e de polímero R$ 5.000,00, aproximadamente.
Na PUC-Rio, o serviço é gratuito tanto para as gestantes com deficiências visuais, quanto para as mulheres com alguma patologia diagnosticada durante a gravidez e que irão passar por uma cirurgia pós-natal, ou seja, depois de terem dado a luz ao bebê.
Segundo Heron, o contato da futura mãe com o molde “melhora no grau de tranquilidade no exame e no pré-natal”. “Quando elas iam fazer o exame, a paciente não conseguia visualizar o que a gente estava falando”, completa. A impressão 3D trouxe uma aproximação maior da gestante com o feto, com o seu posicionamento e as informações transmitidas pelo médico.
O médico diz que o serviço já está sendo implementado em “quase todos os estados do Brasil”. Após terem os exames realizados, os órgãos de saúde – como hospitais e laboratórios – espalhados pelo país mandam o arquivo de ultrassom ou da ressonância magnética pela internet aos responsáveis do projeto, que ficam responsáveis por trabalhar no arquivo e mandar imprimir as imagens em 3D.
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