Surtos de sarampo deixam a América em estado de alerta
A doença, que antes era considerada erradicada no continente, voltou ao Brasil.
Desde 2016, a região das Américas era considerada livre do sarampo, infecção viral de fácil contágio. Mas, no último ano, a doença voltou a ser ponto de preocupação e o Brasil também está em situação de risco.
O caso mais recente é o do transatlântico Seaview, que percorre a costa brasileira, no qual há pelo menos 18 tripulantes diagnosticados com a doença, conforme verificou o Instituto Adolfo Lutz. Nesta quarta-feira (20), o navio irá chegar em Santos, onde será feita a imunização dos passageiros, da tripulação e de turistas que irão embarcar no cruzeiro.
Segundo dados do Ministério da Saúde, foram confirmados 10,3 mil casos de sarampo em 2018 e cerca de 49% dos municípios brasileiros não cumpriram a meta de vacinação para o ano.
Se você já se vacinou, fique tranquila! Mas se não tiver sido imunizada ou não souber se tomou a vacina, procure o mais rápido possível um local onde a dose está sendo oferecida.
De acordo com a Dra. Ana Karolina Barreto Marinho da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), “não há risco para a saúde caso você se vacine mais de uma vez“.
Veja aqui as orientações do Ministério da Saúde:
O ideal é que todo mundo seja vacinado quando criança, com uma dose da tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) aos 12 meses e outra da tetra viral (sarampo, rubéola, caxumba e varicela) aos 15 meses.
Para quem já passou dessa idade e tem menos de 29 anos, é indicado tomar duas doses, da tríplice ou tetra. Já aqueles que tem entre 30 e 49 anos, a recomendação é de apenas uma dose, que também pode ser ou da tríplice ou da tetra viral.
ATENÇÃO: “Crianças com alergia grave ao leite de vaca não devem receber a vacina tríplice viral, que contém proteína do leite de vaca.”
O que está acontecendo nas Filipinas
Nas Filipinas, a situação é bastante grave. O Departamento da Saúde do país divulgou recentemente que, de janeiro até metade de fevereiro, um surto de sarampo resultou em 8.400 infectados e 136 mortos, sendo ao menos 40% crianças de até 4 anos.
Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), o aumento do número de ocorrências se deve à queda nas taxas de vacinação, que é fundamental para evitar a doença. Por isso, o governo filipino tem como objetivo vacinar cerca de um milhão de crianças para conter o avanço do sarampo.