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Saiba tudo sobre psoríase, a doença de pele de Kim Kardashian

A psoríase é contagiosa? Tem cura? Como é feito o tratamento? Tire todas as suas dúvidas aqui.

Por Daniella Grinbergas
Atualizado em 16 jan 2020, 00h29 - Publicado em 13 fev 2019, 14h52
 (Divulgação/Instagram)
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Mais uma vez, a socialite Kim Kardashian falou em suas redes sociais sobre a doença de pele que tanto a incomoda. Desta vez, ela postou fotos de sua perna cheia de lesões, sobre a qual escreveu “Sexy”, e de uma cabine de banho de luz, com as palavras “melhor amiga”, em inglês – o tratamento com luz é um dos mais recomendados para quem tem a doença (entenda mais nesta matéria).

A psoríase é um problema de pele que assusta pelo aspecto visual. Por se assemelhar a uma micose, muita gente acaba achando que ela é contagiosa, mas isso não é verdade. Para tirar todas as dúvidas a respeito do assunto, conversamos com a médica Caroline Semerdjian, dermatologista do Hospital 9 de Julho, em São Paulo. 

O que é a psoríase?

É uma doença infamatória da pele que atinge cerca de 5 milhões de brasileiros. “Se caracteriza por ter placas (lesões elevadas) que descamam e têm uma cor esbranquiçada”. Dependendo do caso, pode gerar coceira, mas isso não é regra.

Em que parte da pele costuma aparecer?

“Principalmente no couro cabeludo, cotovelo, joelho, região das costas, palma das mãos e sola dos pés”, cita a médica. Isso não significa que outras áreas também não possam desenvolver psoríase. A doença pode se manifestar até mesmo nas unhas.

O que causa esse problema?

“Não tem uma causa definida para a psoríase. O que a gente sabe é que quem tem psoríase também tem uma tendência a produzir mais queratina, que é uma proteína que deixa a pele mais grossa”. As crostas da psoríase nada mais são do que o excesso de queratina, segundo Caroline. Ela diz que é desconhecido o motivo pelo qual certas pessoas produzem mais queratina do que outras.

Como é feito o diagnóstico?

Por meio de exames clínicos e biópsia.

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Tem cura?

“A psoríase não tem cura, o que tem é o controle. Existem esses medicamentos que melhoram a qualidade de vida do paciente e que aliviam as lesões na pele. Mas, fatalmente, depois de um tempo ele vai acabar tendo uma crise de novo e vai ter que tratar novamente”.

Existem grupos de risco?

A dermatologista diz que não. “Todo mundo pode ter psoríase”. Mesmo assim, ela explica que o fator genético tem influência, que o problema é mais comum em homens do que em mulheres e que fumantes costumam desenvolver uma psoríase mais intensa do que os demais pacientes. Caroline também comenta que novas pesquisas estão investigando a maior probabilidade de psoríase em pessoas com diabetes.

O problema tem relação com a genética?

Sim, mas não é regra. “Não é porque o meu pai tem psoríase que eu vou ter também, mas a probabilidade é maior”, diz a médica.

É contagioso?

Não. Por ter aspecto parecido ao de uma micose, muita gente acaba achando que a psoríase é contagiosa, mas não é.

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É verdade que o problema tem fundo emocional?

Sim. Os chamados surtos de psoríase (que é quando a doença se manifesta na pele) muitas vezes estão relacionados a momentos de estresse intenso. Mas é importante lembrar que nem sempre o problema está atrelada a questões emocionais. No caso da psoríase gutata, por exemplo, o surto pode ser ocasionado por uma infecção na garganta.

O sol e o calor interferem na psoríase?

Sim. “O sol faz bem. Quando chega o verão e as pessoas começam a se expôr ao sol, os próprios pacientes já sabem que a psoríase melhora. E a gente também recomenda que eles tomem sol, pois os benefícios são comprovados”, garante a dermatologista. Ela diz que 15 minutos de exposição diária, no começo da manhã ou no final da tarde, são suficientes.

Existe tratamento?

Sim. O tratamento pode ser feito com remédios de via oral, cremes e xampus ou por meio de radiação. E a hidratação da pele é sempre recomendada.

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Em se tratando de comprimidos, os mais utilizados são os compostos que atuam sobre a produção de queratina. E no ano passado novos medicamentos foram lançados, com princípios que atacam diretamente proteínas ligadas às manifestações da doença, sem abalar as defesas do corpo.  

Cremes específicos, que devem ser aplicados nas lesões, também ajudam a dissolver o acúmulo de queratina. Eles geralmente são feitos em farmácias de manipulação e podem conter LCD (que é um derivado do carvão), uréia e ácido salicílico. Se as lesões estão localizadas no couro cabeludo, também existem xampus similares.

Outro tipo de tratamento é a fototerapia, que nada mais é do que a exposição da pele à radiação emitida por lâmpadas especiais. Dentro de uma câmara (à qual Kim chama de melhor amiga) vão lâmpadas fluorescentes que imitam o sol e ainda produzem radiação (eletromagnética) mais pura para tratamentos dermatológicos. Esse banho de luz é indolor e muito eficiente nos momentos de crise.

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