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Psoríase: tudo o que você precisa saber sobre a doença

A psoríase é contagiosa? Tem cura? Como é feito o tratamento? Tire todas as suas dúvidas aqui.

Por Júlia Warken
Atualizado em 30 jun 2021, 14h00 - Publicado em 10 abr 2018, 14h46
 (Ile Machado/MdeMulher)
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A psoríase é um problema de pele que assusta muita gente. Por causa do aspecto semelhante ao da micose, diversas pessoas acabam achando que ela é contagiosa, mas isso não é verdade. Para tirar todas as dúvidas a respeito do assunto, conversamos com a médica Caroline Semerdjian, que é dermatologista do Hospital 9 de Julho, em São Paulo. 

O que é a psoríase?

É uma doença infamatória da pele. “Se caracteriza por ter umas placas (lesões elevadas) que descamam e têm uma cor esbranquiçada”. Dependendo do caso, pode gerar coceira, mas isso não é regra.

Em que parte da pele costuma aparecer?

“Principalmente no couro cabeludo, cotovelo, joelho, região das costas, palma das mãos e sola dos pés”, cita a médica. Isso não significa que outras áreas também não possam desenvolver psoríase. A doença pode se manifestar até mesmo nas unhas.

O que causa esse problema?

“Não tem uma causa defina para a psoríase. O que a gente sabe é que quem tem psoríase também tem uma tendência a produzir mais queratina, que é uma proteína que deixa a pele mais grossa”. As crostas da psoríase nada mais são do que o excesso de queratina, segundo Caroline. Ela diz que é desconhecido o motivo pelo qual certas pessoas produzem mais queratina do que outras.

Como é feito o diagnóstico?

Por meio de biópsia.

Existe tratamento?

Sim. O tratamento pode ser feito com remédios de via oral, cremes e xampus ou por meio de radiação. Em se tratando de comprimidos, os mais utilizados são os compostos de Acitretina ou de Metotrexato.

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A Acitretina é um derivado da vitamina A e o Metotrexato é um medicamento antifolato (que bloqueia o funcionamento das células) – esse medicamento também é usado no tratamento de alguns tipo de câncer, como a leucemia. Ambos atuam sobre a produção de queratina e são usados apenas em casos de psoríase intensa. 

Cremes específicos, que devem ser aplicados nas lesões, também ajudam a dissolver o acúmulo de queratina. Eles geralmente são feitos em farmácias de manipulação e podem conter LCD (que é um derivado do carvão), uréia e ácido salicílico. Se as lesões estão localizadas no couro cabeludo, também existem xampus similares.

Outro tipo de tratamento é a fototerapia, que nada mais é do que a exposição da pele à radiação emitida por lâmpadas especiais.

Tem cura?

“A psoríase não tem cura, o que tem é o controle. Existem esses medicamentos que melhoram a qualidade de vida do paciente e que aliviam as lesões na pele. Mas, fatalmente, depois de um tempo ele vai acabar tendo uma crise de novo e vai ter que tratar novamente”.

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Existem grupos de risco?

A dermatologista diz que não. “Todo mundo pode ter psoríase”. Mesmo assim, ela explica que o fator genético tem influência, que o problema é mais comum em homens do que em mulheres e que fumantes costumam desenvolver uma psoríase mais intensa do que os demais pacientes. Caroline também comenta que novas pesquisas estão investigando a maior probabilidade de psoríase em pessoas com diabetes.

O problema tem relação com a genética?

“Pode ter, sim, mas também pode não ter. Não é porque o meu pai tem psoríase que eu vou ter também, mas a probabilidade é maior”, diz a médica.

É contagioso?

Não. Por ter aspecto parecido ao de uma micose, muita gente acaba achando que a psoríase é contagiosa, mas não é.

É verdade que o problema tem fundo emocional?

Sim. Os chamados surtos de psoríase (que é quando a doença se manifesta na pele) muitas vezes estão relacionados a momentos de estresse intenso. Mas é importante lembrar que nem sempre o problema está atrelada a questões emocionais. No caso da psoríase gutata, por exemplo, o surto pode ser ocasionado por uma infecção na garganta.

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O sol e o calor interferem na psoríase?

Sim. “O sol faz bem. Quando chega o verão e as pessoas começam a se expôr ao sol, os próprios pacientes já sabem que a psoríase melhora. E a gente também recomenda que eles tomem sol, pois os benefícios são comprovados”, garante a dermatologista. Ela diz que 15 minutos de exposição diária, no começo da manhã ou no final da tarde, são suficientes.

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