Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Outubro Rosa: Revista em casa por 10,90

Por que você não deve usar absorvente interno por mais de 4h

A britânica Phoebee Bambury foi diagnosticada com Síndrome do Choque Tóxico e agora alerta outras mulheres sobre o uso de tampões por tempo prolongado

Por Débora Stevaux Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 24 fev 2017, 14h33 - Publicado em 23 fev 2017, 16h48
 (Ema Poket/ThinkStock)
Continua após publicidade

O recente caso envolvendo a britânica Phoebee Bambury, de 19 anos, diagnosticada com Síndrome do Choque Tóxico (SCT) após ter usado um absorvente interno, não foi o primeiro. Apesar da raridade da doença, causada por uma infecção bacteriana, no ano de 2015, a modelo californiana Lauren Wasser quase morreu e precisou amputar uma das pernas depois de ter sofrido o mesmo choque de toxicidade.

O primeiro registro encontrado sobre a enfermidade na literatura médica data de 1978. “A principal responsável por acarretar os sintomas de febre alta, dor muscular e de cabeça, vômito, baixa pressão arterial e reações alérgicas é a toxina letal liberada pela bactéria Staphylococcus aureus”, explica o ginecologista e obstetra Dr. Ricardo Luba, de São Paulo.

Ao notar os sintomas que caracterizam a doença, a jovem natural de Londres, que estava na casa do namorado, foi encaminhada ao hospital, onde recebeu soro para se hidratar e foi posicionada em um lugar arejado, com a presença de um ventilador para atenuar sua temperatura corpórea. Mas foi a sua cautela que a salvou. “A mãe de um amigo morreu por choque tóxico, por isso sempre fiquei atenta”, contou a estudante de farmácia a BBC.

Leia também: Dormir de calcinha prejudica a saúde íntima

Mesmo que os tampões sejam os principais responsáveis pelo desencadeamento da síndrome, a infecção pode ser causada por outros motivos e vitimar, inclusive homens. No caso das mulheres que fazem uso do produto durante o ciclo menstrual, o acúmulo de sangue na região vaginal é o principal culpado, por ser um ambiente favorável — úmido e quente — para o desenvolvimento de fungos e bactérias.

Continua após a publicidade

Sobretudo, é fundamental que mulheres conheçam a intensidade de seu fluxo menstrual. Aquelas que apresentam, mensalmente, uma secreção mais acentuada, devem trocar o absorvente com uma maior frequência. isto é, nunca deixar ultrapassar o intervalo de 2h a 4h — principalmente se for interno.

Por ser de caráter raro — com 15 mil casos registrados no Brasil por ano — o diagnóstico do SCT nem sempre é feito com tanta rapidez, mas o médico adverte para a gravidade da situação. “A evolução do quadro é extremamente rápida, tanto é que a doença pode se manifestar no prazo de 3 a 7 dias. Caso não seja identificada e tratada imediatamente, pode culminar em insuficiência renal aguda, impedindo que você excrete as toxinas, além de lesões no fígado, ocasionando anemia e problemas de coagulação. Esses fenômenos podem acarretar a falência de ambos, lesionando, também, outros órgãos e levando à morte.”

Leia também: Comercial de absorventes quebra tabu sobre menstruação

Continua após a publicidade

Três semanas após ter alta médica, Phoebee está se dedicando a ministrar palestras sobre como prevenir e combater a doença. Uma das maneiras mais efetivas de evitar o diagnóstico de SCT é, certamente, ensinar as meninas desde cedo a cuidarem do próprio corpo.

“Acredito que deveríamos falar mais sobre essa síndrome como parte da educação sexual e das conversas sobre o uso de absorventes e preservativos”, comentou ela. O doutor Ricardo também reitera que o procedimento mais adequado neste caso é a drenagem do local infectado e acrescenta: “Muita gente acredita que o foco da educação sexual é apenas o uso de preservativo, e não é somente isso. Mas também sobre uma higienização correta e a importância de se conhecer bem e ter ciência das suas necessidades.”

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

OFERTA RELÂMPAGO

Digital Completo

Moda, beleza, autoconhecimento, mais de 11 mil receitas testadas e aprovadas, previsões diárias, semanais e mensais de astrologia!
De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 1,99/mês
ECONOMIZE ATÉ 59% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Receba Claudia impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
De: R$ 26,90/mês
A partir de R$ 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$1,99/mês.